Jogo Aberto

Reforma política deixa deputados em "sinuca de bico"

Edivaldo Bitencourt | 01/10/2015 06:00

Restrição – A sanção da reforma política pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT), vai dificultar a mudança de partido por dois deputados estaduais. Marquinhos Trad pretende deixar o PMDB. Já Beto Pereira está de malas prontas para abandonar o PDT.

Traumática – Com a mudança, Marquinhos só fica com a opção de mudar de partido por meio de ação na Justiça. A decisão pode causar traumas com o PMDB, que pode pesar em uma disputa equilibrada pela prefeitura da Capital.

Dúvida – Marquinhos Trad ainda não desistiu. Ele avalia que a mudança ainda é confusa. Segundo o peemedebista, há dúvidas se só os vereadores e prefeitos podem mudar de partido na janela aberta para quem está no último ano de mandato.

Sem dúvida – O deputado Eduardo Rocha (PMDB) não tem dúvidas. Ele é taxativo: só os vereadores poderão mudar de partido. “O interessante4 é que os deputados votaram na proposta que os deixa de fora da janela”, ressaltou.

Só o servidor – O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Marcos Tabosa, garante que não tem nada contra o prefeito Alcides Bernal (PP). Ele explicou que só recorreu à Justiça contra o parcelamento dos salários, porque pensa apenas e unicamente no servidor. Ontem, a Justiça acatou pedido do sindicato para obrigar a prefeitura a pagar os salários no 5º dia útil.

Aviso – Tabosa garantiu que já tinha avisado até Gilmar Olarte (PP), o antecessor, de que o apoio ao escalonamento era restrito à folha de julho. Mesmo assim, segundo o sindicalista, só endossou a proposta porque mais de 80% dos servidores receberam os salários no 5º dia útil.

Não mudou – Por outro lado, apesar de garantir não ter nada contra Bernal, Marcos Tabosa avalia que o atual prefeito não mudou nada e continua o mesmo de antes da cassação. Contudo, ele garante que se o chefe do Executivo cumprir o seu dever com o funcionalismo, não terá problemas da parte do Sisem.

Tática – Bernal adotou uma tática para enfrentar os seus “inimigos”. No pagamento do Bolsa Alimentação para 6 mil servidores, ele excluiu a intermediação feita pelo Sisem. No caso do lixo, também encontrou um jeito de pagar os salários dos 1.080 trabalhadores sem depositar dinheiro para a Solurb.

Mortes – O secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, admitiu que a falta de vagas nos hospitais é a causa das mortes nos postos de saúde. Só neste ano, segundo ele, 200 pessoas morreram nas unidades de saúde. Um dos problemas é a falha na regulação das vagas.

Impasse – Um dos problemas foi causado pela falta de prédio próprio para o Samu. Durante audiência na Câmara Municipal, vereadores e Ivandro Fonseca prometeram se unir para buscar uma solução para o problema junto ao Governo estadual.

(colaboraram Antonio Marques e Leonardo Rocha)

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