Jogo Aberto

Que caso de execução está mais perto de ser fechado?

Marta Ferreira | 02/01/2020 06:00
Marcel Colombo, o "Playboy da Mansão", durante a audiência de custódia, que aconteceu no dia 22 de dezembro de 2017, quando foi preso em operação da Polícia Federal (Foto: André Bittar/Arquivo)
Marcel Colombo, o "Playboy da Mansão", durante a audiência de custódia, que aconteceu no dia 22 de dezembro de 2017, quando foi preso em operação da Polícia Federal (Foto: André Bittar/Arquivo)

A próxima vítima - A força-tarefa criada pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul para investigar quatro execuções de características semelhantes em Campo Grande entra 2020 com três casos para elucidar, já que o episódio mais recente, a morte por engano do estudante Matheus Coutinho Xavier, 20 anos, ocorrida em abril de 2019, teve a fase de investigação policial encerrada em dezembro e sete já são réus pelo crime. Entre eles, estão os empresários Jamil Name e Jamilzinho, acusados de chefiarem milícia armada responsável pelo crime. O grupo, formado por cinco delegados, mantém silêncio sobre as apurações.

Melhor não - As autoridades policiais não falam, por exemplo, sobre qual dos inquéritos em aberto está mais perto de ser concluído. O comportamento tem a ver com a proteção das investigações, mas também com procedimento de segurança de quem está envolvido nelas. Informação, neste caso, é considerada munição, tanto para o bem quanto para o mal.

Prazo – Os autos que correm na 2ª Vara do Tribunal do Júri sobre a morte de Marcel Hernandez Colombo, o “Playboy da Mansão”, vítima em 18 de outubro de 2018, aos 31 anos, estão entre os trabalhos da força-tarefa. Em decisão do dia 21 de outubro do ano passado, o juiz responsável, Aluízio Pereira dos Santos, arquivou o processo pelo prazo de 90 dias, aguardando novidades. Esse intervalo de tempo vence no fim deste mês.

Elemento importante – A apuração da coluna indica que esse inquérito não está tão próximo de ter solução. Uma das dificuldades é apontar com clareza quem puxou o gatilho da pistola calibre 9 mm usada para matar Marcel Colombo pelas costas. A motivação, conforme os detalhes tornados públicos, foi uma desavença da vítima, de pelo menos cinco anos atrás, com Jamilzinho. O empresário não teria esquecido a briga em uma boate na Avenida Afonso Pena, insistindo até ter a autorização do pai para contratar o crime de pistolagem.

E os outros? O esclarecimento de mais dois homicídios na conta do grupo de extermínio sob chefia dos Name é tarefa dos cinco delegados. São eles a execução de Orlando da Silva Fernandes, o “Bomba”, de 41 anos, em 26 de outubro do ano retrasado, e o assassinato do sargento reformado da Polícia Militar Ilson Martins Figueiredo, de 62 anos, em 11 de junho de 2018. Ilson era chefe de segurança da Assembleia Legislativa e sua morte foi a primeira da sequência de quatro, até o episódio que vitimou Matheus Coutinho Xavier. O jovem foi alvo de engano, pois a encomenda era de “eliminação” do pai, o capitão reformado Paulo Roberto Teixeira Xavier, também desafeto da família Name.

Hipotése - Pelo levantamento da coluna, existe ainda possibilidade de casos mais antigos "furarem a fila". É que além dos quatro que originaram a esquipe especial, há uma relação de outros 15 crimes sem solução em fase de pesquisa para decidir se tem relação com a organização criminosa alvo da Operação Omertà, como se suspeita. Isso vai depender, ainda, de serem identificadas provas capazes de reabrir os inquéritos.

Não vai dar - Embora o presidente do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Paschoal Carmelo Leandro, tenha dito que vai ser possível, com dificuldades, aplicar a nova regra estabelecendo a figura do juiz de garantias, há uma corrente de magistrados do Estado para a qual é bem difícil cumprir o prazo estabelecido na lei, até o fim de janeiro. Para esse grupo, numeroso, será preciso no mímimo ampliar o prazo. O Supremo Tribunal Federal já avalia o tema.

Open, mas não muito - Festa de Réveillon realizada na virada para 2020 em Campo Grande, denonimada Virada Mágica, teve clientes suspresos com o "racionamento" de bebida. Apesar de parte ter pago até RF$ 200 por convite, para uma festa open bar, em determinado horário, só era liberada uma cerveja por pessoa, por exemplo.

Copão - Segundo informações de pessoas que participaram do evento, primeiro a bebida era servida à vontade. Depois, diante da fila, passaram a ser entregues latas de cerveja. Com a madrugada avançando, voltou a operar o sistema de encher copos, mas com limitação.

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