Jogo Aberto

Protesto supera atos de 2015, apesar de poucos políticos

Priscilla Peres | 14/03/2016 06:00

Quietos - Em dia de protestos contra o governo Dilma Rousseff (PT) por todo o país, figuras importantes da política sul-mato-grossense preferiram não se manifestar. O ex-governador André Puccinelli (PMDB), o ex-prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho (PTB), o prefeito Alcides Bernal (PP) e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), não foram e nem publicaram nas redes sociais.

Ausente - O governador Reinaldo Azambuja também não compareceu ao evento de filiação do deputado estadual Marquinhos Trad, no PSD, que ocorreu no sábado. O secretário de administração, Carlos Alberto Assis foi em seu lugar e justificou que Reinaldo viajou e cancelou compromissos para comemorar o aniversário da esposa.

Animado - Diferente dos outros atos, a manifestação de ontem em Campo Grande, foi marcada pela animação. Escola de samba, trio elétrico e show musical foram atrações do protesto que durou mais de três horas.

Poucos - Os deputados Geraldo Resende (federal) e Renato Câmara (estadual) e o vice-prefeito Odilon Azambuja, todos do PMDB, foram os únicos políticos a caminhar entre os manifestantes durante o protesto em Dourados. Odilon teve presença mais ativa, mas os outros apenas circularam entre a multidão e passaram bem longe da linha de frente.

Minoria - Em Campo Grande, também foram poucos os políticos que marcharam na avenida Afonso Pena. Foi sentida a ausência de vereadores, deputados e prefeitos. Entre os secretários estaduais, foram vistos pelas equipes de reportagem, o titular da Fazenda, Marcio Monteiro e de Administração, Carlos Alberto Assis.

Para menos - A organização do protesto de Campo Grande revisou para baixo o número de participantes, no fim do ato. Depois de saber que a Polícia Militar estimou em 60 mil pessoas, os organizadores baixaram de 150 para 100 mil a quantidade de adeptos.

Condenado - O ex-deputado estadual Sérgio Assis, condenado a seis anos de prisão em dezembro do ano passado, pelo envolvimento em escândalo sexual com adolescentes, participou do protesto de ontem. Junto com a esposa e usando uma camisa verde e amarelo ele pedia o fim da corrupção.

Quantidade - A manifestação deste 13 de março conseguiu levar mais gente às ruas do que no mesmo mês do ano passado, quando iniciaram os protestos contra o governo da presidente Dilma Roussef (PT). Pelo levantamento da Polícia Militar, foram 25 mil pessoas a mais neste ano.

Esvaziado - O ato de filiação de Marquinho Trad foi marcado também pela ausência de nomes importantes da política. Só estiveram o ex-prefeito Nelson Trad Filho e o deputado federal Luis Henrique Mandetta (Dem), irmão e primo dele. Diferente de outros eventos do tipo, que reuniram vários políticos.

Pacífico - Durante seu discurso, Nelsinho lembrou do legado deixado pelo pai, Nelson Trad, e falou da relação com seu irmão. “ Meu pai nos ensinou que a família vem em primeiro lugar. Eu e o meu irmão vamos caminhar juntos”, dando a entender que não deve disputar a prefeitura contra Marquinhos.

(Colaboraram Michel Faustino,  Antônio Marques e Helio de Freitas)

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