Jogo Aberto

Prefeito age para tirar CPI do comando da oposição

Edivaldo Bitencourt | 08/05/2015 06:00

Operação – O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), iniciou uma grande operação para evitar novas baixas na base aliada na Câmara Municipal. Nos últimos dias, ele intensificou o contato com os vereadores e deve reunir os líderes para discutir o assunto nesta sexta-feira.

CPI – O primeiro efeito da ação do progressista é evitar a perda de controle da CPI das Contas Públicas, criada para investigar a real situação financeira do município. Os aliados na comissão são só dois: Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Airton Saraiva (DEM).

Oposição – Por enquanto, Olarte não tem a maioria na comissão e corre risco da investigação não seguir os rumos desejados pelo chefe do Executivo. Paulo Pedra (PDT) e Thaís Helena (PT) são da oposição, enquanto Eduardo Romero (PTdoB) é independente.

Chave – O PTdoB se tornou o partido chave para Olarte ter maioria na CPI das Contas Públicas. O partido, que não conta com nenhum secretário na administração municipal, terá papel fundamental nos rumos da investigação. A legenda poderá substituir Romero ou convencê-lo a voltar à base aliada no legislativo.

Caos – Vereadores e até aliados do prefeito já apelidaram da CPI das Contas Públicas de “CPI do Caos”. A principal linha da investigação é a queda na receita e o aumento excessivo nas despesas do poder público.

Contando – O empresário e dono do Correio do Estado, Antonio João Hugo Rodrigues, não vê a hora de passar o comando do PSD em Mato Grosso do Sul. Em postagem no Facebook, ele destacou que só não repassou o comando porque o presidente nacional da sigla, ministro das Cidades, Gilberto Kassab, está em viagem pelo Brasil.

Já, já vou – Antônio João contou que não vê a hora de se livrar definitivamente da política partidária. “Daí, espero, cair fora de vez”, diz. Ele esperava entregar a presidência regional do partido para o ex-deputado federal Fábio Trad, que deixou o PMDB.

Vap vupt – A sessão da Assembleia Legislativa foi curta para que houvesse a reunião sobre a situação da Santa Casa de Campo Grande. O encontro entre os deputados e as autoridades de saúde acabou produzindo frutos e garantiu a retomada dos serviços do hospital.

Fogo – Um pequeno incidente deu um susto nos deputados na manhã desta quinta-feira. No encerramento da sessão, uma lâmpada teve um curto circuito e gerou pequena fumaça no plenário. O conserto deve ocorrer até segunda-feira para a retomada dos trabalhos normalmente na terça-feira.

Impasse – A greve dos médicos entra no terceiro dia com uma guerra de versões. A Prefeitura alega que eles são bem remunerados e ganham até R$ 42,5 mil por mês. Os profissionais alegam que recebem um quarto disso e tiveram redução de 50% com os cortes.

(colaboraram Leonardo Rocha e Lidiane Kober)

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