Jogo Aberto

Para defender réu, Odilon agora questiona relatórios "sem rosto"

Marta Ferreira e Anahi Zurutuza | 03/09/2020 06:00
O juiz Odilon de Oliveira durante a audiência ontem na 1ª Vara Criminal, feita por videonconferencia. (Foto: Direto das Ruas)
O juiz Odilon de Oliveira durante a audiência ontem na 1ª Vara Criminal, feita por videonconferencia. (Foto: Direto das Ruas)

Ironia do destino – Quase três anos depois de aposentar-se da função de juiz, na qual ficou conhecido nacionalmente pelas ações relacionadas a criminosos investigados pela Polícia Federal, o advogado Odilon de Oliveira estava ontem do outro lado: defendendo um réu por ilícitos que vão de organização criminosa a tráfico de armas. Em audiência da operação Omertà, Odilon questionou o uso de relatórios de investigação sem assinatura. Disse que são documentos “sem rosto”, portanto, passíveis de desconfiança.

Tese – O argumento de Odilon contraria a experiência dele na Justiça Federal, onde esse tipo de relatório é rotina, segundo operadores do Direito ouvidos pela coluna. Os policiais federais costumam, inclusive, usar capuz em operações para não serem identificados. O juiz aposentado defende que seu cliente, acusado de fazer dossiês sobre vítimas de milícia armada, na verdade estava atuando em investigações da Polícia Federal.  

Passeio – O empresário Aloisyo José Campelo Coutinho, morador que ficou conhecido como “baladeiro” de condomínio de luxo em Campo Grande por promover festas que tiram o sono dos vizinhos, no Residencial Damha 3, quer autorização na Justiça para passar uns dias em Recife (PE) com a família.

Favorável – O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) diz não se opor a viagem desde que, na cidade do nordeste, Aloisyo deixe de frequentar bares e restaurantes durante o período de recolhimento noturno determinado anteriormente.

Paz – Ele já está proibido de promover festas em casa, mas para os vizinhos no Damha 3, a viagem, de 8 a 15 de setembro, será garantia de paz. O condomínio tenta na Justiça expulsar o morador do residencial.

Salvo-conduto – A pedido da defesa de Ricardo França Junior, de 24 anos, o estudante que causou a morte da namorada Bárbara Wsttany , de 21 anos, o juiz Aluízio Pereira dos Santo também deu autorização  para que o rapaz viaje, sempre que quiser, para sítio da família em Corguinho, município a 88 km de Campo Grande.

Condições – Ele tem apenas de cumprir o recolhimento noturno, das 19h às 6h, como determinado quando da revogação da prisão preventiva decretada logo após o acidente. Ricardo continua proibido de dirigir, ressaltou o magistrado na decisão.

Paz – Ele já está proibido de promover festas em casa, mas para os vizinhos no Damha 3, a viagem, de 8 a 15 de setembro, será garantia de paz. O condomínio tenta na Justiça expulsar o morador do residencial.

Data religiosa – Mato Grosso do Sul passou a ter uma data no calendário dedicada à Igreja Universal do Reino de Deus. O dia dedicado à denominação religiosa será 9 de junho, conforme lei sancionada nesta terça-feira (2) pelo governador Reinaldo Azambuja.

Autoria – A proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa a partir de projeto de lei do deputado estadual Antonio Vaz (Republicanos). Vaz é pastor da IURD.

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