Jogo Aberto

Na véspera de denúncia, investigados não dormem

Priscilla Peres | 30/05/2016 06:00

Desfecho – A Operação CoffeeBreak, que investigou o suposto esquema para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), articulado por empresários, ex-políticos e vereadores, caminha para um desfecho. A denúncia feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação e Repressão ao Crime Organizado) deve ser apresentada nesta terça-feira ao TJMS (Tribunal de Justiça) pela PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça).

 

Bomba relógio – O resultado dos trabalhos de investigação tem tirado o sono de muita gente, principalmente de políticos citados como agentes atuantes na trama para cassar o mandato de Bernal. 17 pessoas devem ser incriminadas por participar de forma atuante no esquema de propinas e compra de votos na Câmara de Campo Grande para tal finalidade. Bernal foi cassado no dia 12 de março de 2014.

Surpresas – Inicialmente, 23 pessoas foram citadas no relatório do Gaeco. Entretanto, esse número pode ser maior e a denúncia deve conter nomes que ainda não tinham figurado nas investigações. Durante a Operação Coffee Break, em 25 de agosto do ano passado, 13 pessoas foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento ao Gaeco e 17 celulares foram apreendidos para serem periciados no IC (Instituto de Criminalística).

Dúvida - A pré-candidata a prefeitura e atual vice-governadora Rose Modesto (PSDB), voltou a falar sobre seu eventual candidato a vice. Novamente defendeu uma pesquisa junto a população, para que se defina o perfil do escolhido, além de revelar que o nome não sairá na próxima semana, ficando para o começo de julho, próximos das convenções partidárias.

Em negociação - Rose também não quis cravar se o seu candidato a vice será de um partido aliado ou em uma eventual dobradinha, como ocorreu em 2014. Ela disse que neste momento conversa com muitos partidos e quer buscar parcerias na eleição, mas que o momento exige “diálogo” e “cautela” da sua equipe.

Crítica - A vice-governadora voltou a dizer a citar que saúde básica em Campo Grande, é responsabilidade da prefeitura municipal e que a grande demanda na Capital, mostrou que a situação estava deficitária. Ainda indicou o Hospital Regional que atende muitos casos, que deveria ser dos postos de saúde. Esta crítica está ficando frequente no governo estadual.

Na rede - O ex-deputado estadual Raul Freixes, teve uma foto de partes íntimas divulgada em sua página no Facebook neste fim de semana. Em pouco tempo a imagem viralizou nas mídias sociais, principalmente entre os moradores de Aquidauana, onde ele já foi prefeito. Pouco tempo depois, ele apagou a foto e fez um post dizendo que se sentia triste com a “índole perversa” de alguém que invadiu sua privacidade.

Protesto - Um grupo promete protestar na tarde de hoje, contra a falta de vacina para a gripe em Campo Grande. Com medo da epidemia de H1N1 que já resulta em várias mortes, os participantes do grupo no Facebook, que convida para a manifestação, pedem uma conversa com o prefeito e o “direito garantido”.

Quem é vivo - Nove meses depois de ser afastado da prefeitura de Campo Grande, o ex-prefeito Gilmar Olarte (PROS) apareceu para a imprensa na semana passada. Dessa vez, para se defender das denúncias de seu ex-aliado Ronan Feitosa, feitas em carta que foi entregue ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Sempre aparece - Ao ligar na redação do Campo Grande News para dar entrevista, Olarte contou que há nove meses sem receber salário de vice-prefeito, devido ao afastamento do cargo, ele sobrevive trabalhando como contador e sua esposa como comerciante. Além disso, mantém o trabalho como pastor.

(Com a redação)

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