Jogo Aberto

MDB diz que não abre mão de André, por nada no mundo

Adriel Mattos, Caroline Maldonado e José Roberto dos Santos | 27/05/2022 06:00
Ex-deputado federal Carlos Marun mostra mensagem da executiva nacional do MDB descartando tirar André da disputa do governo de MS. (Foto: Adriel Mattos)
Ex-deputado federal Carlos Marun mostra mensagem da executiva nacional do MDB descartando tirar André da disputa do governo de MS. (Foto: Adriel Mattos)

MS resolvido – "Não existe a possibilidade de André Puccinelli e o MDB/MS apoiarem aqui outro candidato." A resposta, rápida e rasteira, é do ex-deputado federal por Mato Grosso do Sul e ex-ministro do governo Michel Temer, Carlos Marun (MDB), diante de ventilada proposta da nacional do PSDB de que apoiaria a candidatura da senadora Simone Tebet para presidência da República – se André desistisse de disputar o governo do Estado para apoiar o candidato tucano Eduardo Riedel.

Não abrimos mão do nosso – Marun tem certeza de que isto será entendido pelas direções nacionais do MDB e do PSDB. "Já levei está posição para a direção nacional do MDB, da qual faço parte. Sei que isto não será empecilho para apresentarmos em nível nacional uma candidatura única à Presidência da República, coisa que por sinal sempre defendi", afirmou.

Probabilidade – Com a senadora Simone Tebet (MS) cada vez mais próxima de ser confirmada candidata da chamada terceira via à Presidência, o MDB vai precisar lançar um novo nome ao Senado nas eleições deste ano. Um dos sondados é o ex-ministro Carlos Marun, que disse estar à disposição do partido.

Não sou nem pré-candidato – "Já decidi que não serei candidato a deputado federal, porque o foco do MDB em Mato Grosso do Sul é a eleição de André Puccinelli. Caso o nome dele se fortaleça e o partido assim quiser, posso ser candidato ao Senado. Não sou nem pré-candidato, sou possível candidato", comentou Marun durante o 1º Fórum Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico, na Assembleia Legislativa.

De novo – A senadora Simone Tebet (MS), pré-candidata do MDB à Presidência, voltou a imobilizar o pé devido a uma torção no tornozelo há mais de uma semana. A sul-mato-grossense recebeu a orientação de usar a bota ortopédica por sete dias. Após esse período, foi solicitado que ela continuasse usando por precaução. Apesar disso, ela segue com a agenda.

Senadora Simone Tebet participou de encontro com empresários em São Paulo, na quinta-feira. (Foto: Divulgação)

Culpa da polarização – Para Simone, os bastidores das pré-candidaturas viraram BBB por causa da polarização Lula x Bolsonaro. "Isso não é vida [para o Brasil]", disse Simone, reforçando a importância de uma terceira via ao eleitorado.

Errado não estava – Também presente no fórum da Assembleia, o ex-governador Zeca do PT lembrou que, quando assumiu o governo em 1999, foi tachado de louco por defender a integração da América do Sul através da atual Rota Bioceânica. "Quando assumi o governo, em 99, era chamado de louco quando defendia a possibilidade da integração Atlântico-Pacífico. Viajei ao Paraguai, Argentina e Chile falando que éramos um continente rico, mas não integrado. A Rota Bioceânica vai colocar Mato Grosso do Sul como líder do desenvolvimento do Centro-Oeste", disse.

Liberado – Quanto às preferências da polarização que existe no Brasil, o PSD decidiu liberar os pré-candidatos para poderem optar qual é o candidato que querem apoiar, segundo o senador Nelsinho Trad (PSD).

Divididos – Dentro do PSD, três pré-candidados estão inclinados a apoiar o ex-presidente Lula (PT). São eles: Minas Gerais, Bahia e Amazonas. Já Paraná, Goiás e Santa Catarina preferem apoiar o presidente Bolsonaro (PL).

Vendo o que vai dar – Nelsinho disse que os demais Estados “estão em compasso de espera até para ver qual é o posicionamento político do adversário paroquial”. Para ele, a eleição polarizou demais. “Essa bolha está impedindo o aparecimento de uma alternativa de centro. O Doria tentou, o Ciro tenta, a Simone vai tentar e todos esses outros que você viu, Eduardo Leite tentou”, comentou em entrevista à imprensa durante reunião da Frente Parlamentar Internacional do Corredor Bioceânico, na Capital.

Não é bem assim – O deputado estadual Renan Barbosa Contar, o Capitão Contar (PRTB), esclareceu à coluna durante o Fórum que não está sumido, ao contrário do que o Jogo Aberto informou em 19 de maio, que o pré-candidato ao governo do Estado tinha poucos compromissos políticos e evitava a imprensa. "Estamos abertos ao diálogo. Estava envolvido com a CPI da Energisa na semana passada e no começo da semana. Estou cumprindo mandato e trabalhando", garantiu.

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