Jogo Aberto

Marun cita teto de vidro da Globo na ida a presídio

Marta Ferreira | 16/11/2017 06:00

Contra-ataque - Na visita que fez ao Centro de Triagem, em Campo Grande, onde ficou preso o ex-governador André Puccinelli (PMDB), o deputado federal Carlos Marun (PMDB) confrontou a equipe da TV Morena ao ser indagado sobre as afirmações do delator Ivanildo Miranda. “Palavra de delator não é prova”, afirmou.

Denúncia - Na sequência, disse que se fosse assim, donos da Globo deveriam estar presos, em alusão às denúncias de pagamento de propina para conseguir direitos de transmissão. O repórter, em resposta, argumentou que aquele não era assunto tratado no momento. 

Susto – Não é a primeira vez, mas a chegada da Polícia Federal no prédio onde mora o ex-governador André Puccinelli, na rua Euclides da Cunha, provocou susto entre os vizinhos, tamanha a movimentação das equipes. Alguns acharam até que havia acontecido algo mais grave, como por exemplo um assalto.

Vizinho-problema– Tem morador do condomínio, inclusive, que já reclama de ter o ex-governador morando no mesmo lugar, em razão desse tipo de operação e do assédio das equipes de jornalistas. Neste ano, foram duas, em maio e agora. Puccinelli mora ali há mais de duas décadas.

QG – As investigações da Polícia Federal indicam que o apartamento era um dos lugares em que o ex-governador receberia propinas. O delator Ivanildo Miranda revelou que os encontros com Puccinelli ocorriam mensalmente, no prédio ou na Governadoria, onde já era “conhecido de todos”.

Sentiu – Quem fez a prisão de Puccinelli conta que ele estava tranquilo, mas que demonstrou abatimento quando soube que a operação também era para prender o filho, André Puccinelli Júnior. Dos 3 filhos, o advogado é o que tem mais proximidade com o pai e com as atividades políticas.

Afinidade – Pai e filho estavam combinando até na cor da camisa, como observaram os que acompanharam as idas e vindas anteontem entre a Polícia Federal, a Justiça e o presídio. Os dois estavam de azul, cor preferida do ex-governador.

Uma noite e meio dia – Puccinelli e Puccinelli Junior passaram menos de 24 horas no Centro de Triagem, na já conhecida cela 17, que abriga presos do “colarinho branco” no complexo penitenciário. Na saída, estavam com a mesma roupa com que foram levados anteontem cedo para a sede da Polícia Federal.

Eu? –Um coronel da Força Aérea Brasileira que atua em Brasília acabou tendo dor de cabeça com a prisão do ex-governador. Ele foi procurado por amigos informando que sua foto estava na internet identificando-o como sendo Puccinelli, em notícia informando sobre a Operação Papiros de Lama.

Corrigido - Na imagem, publicada pelo portal Terra, o tenente Coronel Davi Mendonça, que já comandou a Força Aérea no Estado, está ao lado do ex-ministro José Eduardo Cardozo, durante visita a Campo Grande. Assessores de Brasília tiveram de entrar em contato com o jornal para a imagem ser trocada.

(Com Geisy Garnes)

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