Jogo Aberto

Deputado torra dinheiro na pandemia e vira meme

Ângela Kempfer e Leonardo Rocha | 08/05/2020 06:00
Meme sobre os gastos do deputado com gasolina. (Foto: Reprodução)
Meme sobre os gastos do deputado com gasolina. (Foto: Reprodução)

Virou meme - O deputado estadual Renan Contar (PSL) ganhou festival de memes nas redes sociais. Virou alvo de criticas porque teria gasto mais de R$ 10.500 de verba pública com combustível em março, quando começaram as regras de isolamento social por conta da pandemia. 

Escravo do discurso - Como costuma fazer discurso pela redução de gastos da máquina estatal, muita gente cobrou os motivos de torrar dinheiro público com gasolina, já que ele tem base eleitoral aqui na cidade, onde no início da pandemia vigoraram as restrições mais rígidas. Além disso, a Assembleia Legislativa aderiu ao home office a partir de 17 de março.

Coisa do crime organizado - O deputado diz que é fake news e resolveu responder com nota de repúdio, onde alega perseguição política e acusa o "crime organizado" de tentar abalar a sua imagem pública. Ele garante que, apesar das sessões presenciais estarem suspensas. intensificou o trabalho no gabinete.

Contrariado - Ontem o dia foi pesado para Renan Contar. Além dos memes, também não gostou da posição da liderança do governo, que sugeriu aos parlamentares votarem contra o seu projeto, que proíbe danças eróticas nas escolas. Disse que pediria as justificativas por requerimento oficial.

Não é bem assim - Vários deputados, como José Almir (PT), Pedro Kemp (PT) e até o presidente da Assembleia, Paulo Corrêa (PSDB), criticaram a ação de Contar, ao dizer que era natural posições e votos contrários em relação a projetos e que não precisava de explicações por requerimento.

Voltou atrás - Após o questionamento dos colegas, Contar resolveu retirar o pedido de requerimento e até ponderou que está aberto a ouvir mudanças na matéria por meio de emendas, para segunda votação.

Na conta alheia - A pandemia aumentou o tamanho do palanque em ano eleitoral, com projetos apresentados a torto e a direito.  Desde vez, a vereadora Dharleng Campos quer que a prefeitura pague indenização especial às famílias de servidores que morrerem vítimas da covid-19, além da pensão por morte já concedida. 

Chapéu dos outros - Sem apontar de onde tirar o dinheiro ou considerar a queda estimada em R$ 150 milhões na arrecadação da prefeitura em 2020, a vereadora apresentou projeto que reconhece como acidente de trabalho o falecimento de servidores que atuaram na linha de frente no combate ao COVID-19, mais um custo na conta da previdência municipal.

Na própria pele - Na maioria das vezes é o Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Eduardo Riedel, quem abre as lives para divulgação do boletim epidemiológico da covid-19 em Mato Grosso do Sul. Ontem, por ironia, ele passou a fazer parte dessas estatísticas, mas "por tabela". O pai, de 76 anos, testou positivo para a doença. "Teve febre, mas já está bem em casa, em isolamento", comentou. 

Perdeu o cargo - O Ministério da Justiça suspendeu a nomeação do capitão reformado do Exército, José Magalhães, para o cargo de coordenador Regional da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Campo Grande.  A passagem foi uma das mais curtas pelo órgão em Mato Grosso do Sul. Foram menos de 3 meses na função. No dia 1º de maio, a Justiça Federal já havia determinado o afastamento, por conta do clima de “instabilidade” que surgiu após a nomeação de Magalhães.

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