Jogo Aberto

Caso Edy e a sociedade conectada

Waldemar Gonçalves | 23/12/2015 06:00

Cachorro morto, olho vivo – Hoje em dia, tudo é observado, filmado, registrado. Andar fora da lei é, ao mesmo tempo, arriscar-se a olhares atentos de uma sociedade conectada. O caso do cão Edy, supostamente uma desova de cachorro morto, virou assunto policial e um dos mais comentados do dia após alguém filmar o animal amarrado a uma corda, sendo arrastado por um veículo.

Cestão – A confusão envolvendo uma cesta natalina e o vereador Chocolate (PP) parece não ter sido bem contada. Na Câmara, tem vereador garantido que o mimo partiu, sim, da Apae, ao contrário do que tentou corrigir o parlamentar, após ver a repercussão negativa no Facebook. O próprio nem apareceu no plenário no último dia antes do recesso.

Até Amarula – “Aquela cesta é um absurdo. Tinha coisas lá que há tempos eu não via, até Amarula”, disse um colega de Chocolate confirmando ter recebido, também, o presente da Apae. O preço de uma garrafa do famoso licor de origem africana pode beirar os R$ 100.

Coisas difíceis – Consciente da demora pelo atraso do ‘link ao vivo’ com Dilma (PT), o governador Reinaldo Azambuja (PT) encerrou discurso, em evento de entrega de casas, em Campo Grande, dizendo que existem três coisas difíceis na vida: “segurar muro que está caindo, beijar mulher andando e falar para quem está com fome”.

Atraso simultâneo – O atraso teria ocorrido por problemas em Camaçari (BA), onde estava a presidente. Além de Campo Grande, houve também entregas de casas simultaneamente na cidade baiana e em Simões Filho (BA), Juazeiro (BA), no Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul. Todos com o discurso da presidente, claro.

Artilharia – Vereadores cogitam voltar do recesso com artilharia pesada contra o prefeito, Alcides Bernal (PP). Na última sessão do ano, avisaram que, se ele não fundamentar decreto publicado recentemente declarando situação de emergência em Campo Grande, a Câmara suspenderá a medida.

Cheque – O maior receio, segundo vereadores, é dar a Bernal o poder de fazer obras sem licitação por 180 dias, sob o argumento da situação emergencial. Volta à cena o recorrente discurso do “não podemos dar um cheque em branco na mão do prefeito”.

Anotem aí – “Brink Mobil, anotem aí este nome. Esta empresa vai ganhar a licitação para fornecer material escolar à Prefeitura”, avisou o vereador Mario Cesar (PMDB) ao apagar das luzes de 2015 no parlamento municipal.

Magoado – O recém-empossado vereador Roberto Durães (PT) chegou sem prestígio do partido à Câmara Municipal. Foi dele a única abstenção à eleição da nova mesa diretora da casa, alegando ter sido preterido pelo comando petista. Queria um lugarzinho entre os responsáveis pela condução dos trabalhos. Sem sucesso.

Sem baixaria – Alcides Bernal diz esperar que a eleição do ano que vem seja de alto nível, sem baixaria. Garante que não está focado nisto, “não é sua prioridade”, mas que a reeleição é uma possibilidade. Por fim, garante que ataques não o atrapalharão.

(colaboraram Antonio Marques, Leonardo Rocha e Michel Faustino)

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