Jogo Aberto

Academia para policiais civis deve começar em março

Ângela Kempfer e Marta Ferreira | 28/01/2020 06:00
Policiais civis conduzem preso a delegacia: previsão é de turma nova em março, depois de três anos de concurso. (Foto: Arquivo)
Policiais civis conduzem preso a delegacia: previsão é de turma nova em março, depois de três anos de concurso. (Foto: Arquivo)

Expectativa - Depois que a Justiça mandou o Governo de Mato Grosso do Sul convocar para curso de formação policiais civis aprovados em certame iniciado no ano de 2017, e que ficou parado em razão de ação judicial, a perspectiva que circula nos bastidores é que a academia seja iniciada no mês de março. São cerca de 500 alunos, para assumir os cargos de investigador e escrivão de polícia.

Comunicação - Pela determinação judicial, do desembargador Nélio Stábile, o prazo é de 30 dias depois da notificação para início da formação dos policiais. O acompanhamento do processo mostrava, nesta segunda-feira, que a notificação ainda não chegou à PGE (Procuradoria Geral do Estado).

Números - Esse concurso de 2017 prevê 180 vagas de investigador e escrivão. Existe um outro certame autorizado, desde o ano passado, com mais 170 vagas. O objetivo é reforçar o efetivo da Corporação, atualmente em 2,2 mil servidores.

Finalmente - O advogado do policial Civil Márcio Cavalcanti da Silva, conhecido como "Márcio Corno", apresentou nesta segunda-feira defesa no processo sobre apreensão de arsenal pertencente à organização criminosa alvo da Operação Omertà. O documento foi anexado à ação dias depois de pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para que fosse nomeado defensor público, em razão da demora.

Inocente - No documento, o advogado André Borges afirma que Márcio impugna a denúncia e diz que não há provas da participação do cliente nos crimes. Também relaciona oito testemunhas de defesa, anotando que não houve como garantir a presença delas "espontaneamente" 

Vergonha alheia - Frente a frente com secretário estadual de Segurança, Antônio Carlos Videira, com o comandante da Polícia Militar, coronel Waldir Acosta, e com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a senadora Soraya Thronicke (PSL) disse que “passou vergonha” ao apresentar índices de apreensões no Estado ao ministro da Justiça, Sergio Moro.

Puxando tapete - Segundo ela, o ex-juiz federal da Vara Criminal de Curitiba (PR) disse que o Paraná está à frente de Mato Grosso do Sul no volume de ilícitos apreendidos. A senadora acredita que o índice motivou o ministério a acelerar a implantação do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) no estado vizinho.

Mal informado - Em discurso no Palácio Tiradentes, ontem, Soraya cobrou repasse dos “números corretos”. Quando o microfone passou de mão, Azambuja retrucou. O tucano apontou que Moro está “mal informado”. “A maior apreensão quem faz é Mato Grosso do Sul, não é o Paraná”, disparou, antes de completar que só as forças estaduais recolheram 367 toneladas de drogas em 2019.

Voto vencido - Titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira revelou que foi voto vencido no posicionamento contrário à separação do ministério da Justiça e Segurança Pública em duas pastas, discutida durante reunião do colégio de secretários estaduais de segurança.

Boa velocidade - Na avaliação dele, as tratativas com a pasta tocada por Sergio Moro caminham em boa velocidade e uma separação poderia engessá-las. Do colégio, 11 secretários votaram por levar a divisão do ministério à apreciação de Jair Bolsonaro (sem partido); nove se opuseram. O presidente já disse, em entrevista recente, que a chance de separação “é zero”.

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