Esportes

Treinadores passam por reciclagem para aplicar novos métodos a 1,8 mil alunos

Escola Pública de Futebol atende crianças e adolescentes em mais de 15 núcleos espalhados por Campo Grande

Gabriel Neris | 04/09/2019 16:10
Ex-jogadores de MS em conversa descontraída no campo do Belmar Fidalgo (Foto: Paulo Francis)
Ex-jogadores de MS em conversa descontraída no campo do Belmar Fidalgo (Foto: Paulo Francis)

Ex-jogadores e ídolos que marcaram época nas décadas de 1970 a 1990 no Morenão, hoje se dedicam a ensinar dentro de campo as novas gerações. Agora, os treinadores da Escola Pública de Futebol passam por momento de aprendizagem para aplicar novos métodos aos mais de 1,8 mil crianças e adolescentes atendidos pelo projeto em Campo Grande.

Os responsáveis por cada um dos mais de 15 núcleos espalhados pela Capital estão recebendo dicas e orientações que serão desenvolvidas simultaneamente. Assim, quando o aluno chegar a seleção formada pelo projeto, já terá passado pela mesma rotina de treinos que os outros colegas.

André Chita foi jogador e ajudará treinadores a aplicarem métodos aos alunos (Foto: Paulo Francis)

“Vamos unificar a aplicabilidade das aulas. É como se fosse um plano curricular, por exemplo, serão dois meses de treinamento, minis-jogos, vamos melhorar a qualificação das escolas. É um alinhamento das unidades”, explica André Chita, ex-jogador responsável pelo trabalho aplicado junto aos treinadores.

André aposta na experiência de quatro anos trabalhando nos Emirados Árabes e também no curso de Gestão Esportiva, ainda em prática, na CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Também exalta o fato de trabalhar com ex-jogadores que fizeram história no futebol sul-mato-grossense. “É um canhão que eles têm nas mãos. Aqui está a história do futebol, cansei de vê-los no Morenão”, brinca.

Copeu conta com tentou treinar profissionais durante dez anos (Foto: Paulo Francis)

Para o experiente Copeu, de 76 anos, será mais uma oportunidade para continuar trabalhando com a meninada. Ele diz que depois de dez anos tentando ser técnico profissional, decidiu se dedicar aos mais novos e não se arrepende.

“Não tem comparação, é muito mais fácil [treinar as crianças]. Eles obedecem, há o respeito, o carinho. Falo para eles aproveitarem que têm apoio dos pais, do treinador. O que eles têm hoje, eu praticamente não tive”, compara.

Para Paulinho Rezende, que também já foi treinador profissional de clubes do Estado, a novidade aumentará a chance de algum craque descoberto no projeto despontar em algum grande time nacional. “Vamos revelar os meninos para o profissional”, destaca.

O técnico também conta que prefere se dedicar as categorias de base, atualmente. “Na base dá o norte do jeito que você quer. Mas também precisa ter disciplina, estar bem no colégio, nota boa, ter o respeito, aí sim treinamos dentro de campo”, conta.

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