Esportes

Sem time, aniversário de 74 anos do Operário passa em branco

Gabriel Neris | 21/08/2012 18:18

Última partida oficial do Galo foi no dia 25 de maio de 2011, contra o MS Saad, pelo Campeonato Estadual

Operário perdeu sede e não disputa competições oficiais desde maio de 2011 (Fotos: Simão Nogueira)
Operário perdeu sede e não disputa competições oficiais desde maio de 2011 (Fotos: Simão Nogueira)

Dez vezes campeão estadual, terceiro colocado no Campeonato Brasileiro e campeão da Copa União, em 1987. O orgulho do torcedor do Operário Futebol Clube desaparece junto com a ausência do time dos gramados sul-mato-grossenses. Hoje (21) o clube deveria comemorar 74 anos de fundação.

A última partida oficial do Galo foi no dia 25 de maio de 2011, contra o MS Saad. A partida decretou o rebaixamento, pela segunda vez, para a segunda divisão do Campeonato Estadual.

A época de ouro do clube foi em 1977 quando alcançou o terceiro colocado no Brasileirão. Na comissão técnica estava Willian Puia, então preparador físico, que está passando a semana no município de Ribeirão Cascalheira (MT).

Puia confessou que não passava pela sua cabeça o dia 21 de agosto. “Quem viu o futebol como eu vi, sente com tristeza”, lamenta.

Antiga sede do Operário está abandonada na Vila Popular

“Antigamente, o Campeonato Brasileiro era dez vezes melhor. Tinha uma série só. Me recordo que a gente saia cedo da sede na Bandeirantes, e tinha que chegar duas horas antes do jogo na Costa e Silva porque lá já tinha congestionamento”, recorda o preparador físico.

O título do Brasileirão não veio, porém o torcedor operariano comemorou, e muito, a conquista da Copa União no Módulo Branco, em 1987. A competição equivale à terceira divisão do futebol nacional.

Quem teve a honra de levantar o troféu foi Celso Zottino. Ex-zagueiro do Operário, Zottino conta que em 1977 estava na categoria juvenil, e foi promovido três anos depois pelo técnico Carlos Castilho, comandante do título brasileiro.

“Encontro o pessoal no Morenão e fico até emocionado. A gente jogava sempre com casa cheia. Em 1986, teve um quadrangular com Operário, Palmeiras, Internacional e Corinthians. Terminou em segundo”, destaca.

“O torcedor sabia que ia assistir bons espetáculos. Campo Grande merecia ter um clube na Série A”, finaliza Willian Puia.

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