Esportes

Revoada de 21 mil tsurus leva carinho de MS no recomeço da Chapecoense

Aline dos Santos | 24/01/2017 08:09
Neto, sobrevivente da tragédia, recebeu pássaro de origami levado por Lígia (Foto: Alyne Gregório)
Neto, sobrevivente da tragédia, recebeu pássaro de origami levado por Lígia (Foto: Alyne Gregório)
Equipe de arbitragem também posou com tsuru, pássaro com desejo de boa sorte. (Foto: Alyne Gregório)

Pássaros de papel, 21 mil tsurus viajaram de Campo Grande a Chapecó, em Santa Catarina, para uma revoada de desejo de boa sorte no retorno da Chapecoense aos gramados no último sábado (dia 21).

Em novembro, um desastre aéreo matou 71 pessoas e deixou seis feridos. A equipe seguia para a Colômbia, onde disputaria o primeiro jogo da Copa Sul-Americana, feito inédito para o time.

Uma das responsáveis pela iniciativa de confeccionar os origamis, Lígia Oizumi conta que a emoção marcou a viagem de mais de 900 km.

“Nossa, é inacreditável. Desde a estrada ficamos emocionados. Você se arrepia ao ver a emoção nos olhos das pessoas. Não tinha rivalidade, só amor. A sensação é de dever cumprido. Não tem como trazer as pessoas pessoas de volta, mas trouxe carinho e solidariedade”, diz Lígia.

Os pássaros foram entregues para torcedores, familiares dos mortos, equipe de arbitragem e sobreviventes, como o zagueiro Neto e o jornalista Rafael Henzel. Os 21.301 origamis foram feitos por 300 voluntários em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Paraná.

De acordo com Lígia, a iniciativa “Ação do Bem: 1000 tsurus por um desejo do MS” colaborou com a campanha Manifeste seu Amor, criada em Chapécó. Conforme a lenda, quem faz mil pássaros, tem um desejo atendido.

O jogo de sábado, na Arena Condá, foi uma repetição do último confronto da Chapecoense antes da tragédia aérea de 29 de novembro, na Colômbia. O placar foi empate em 2 a 2 com o Palmeiras, atual campeão brasileiro.

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