Esportes

Muricy Ramalho diz que jogar sem atacante no Brasil "é caso de Polícia"

Fabiano Arruda | 18/12/2011 21:54
Em coletiva de imprensa após o jogo, treinador critica filosofia brasileira que acredita que o número de atacantes indica ofensividade. (Foto: AP)
Em coletiva de imprensa após o jogo, treinador critica filosofia brasileira que acredita que o número de atacantes indica ofensividade. (Foto: AP)

Após o vice-campeonato no Mundial de Clubes, no Japão, neste domingo, com a derrota por 4 a 0 diante do Barcelona, o técnico santista, Muricy Ramalho, exaltou a eficiência tática da equipe espanhola e criticou o futebol brasileiro.

“O Barcelona joga praticamente num 3-7-0. No Brasil seria um absurdo, viraria caso de polícia e mandariam prender o técnico. Temos o costume no Brasil de que o número de atacantes indica ofensividade, mas o Barcelona prova que é possível jogar bem e fazer gol sem nenhum atacante. Quem sabe aos poucos a gente não comece a aceitar isso no futebol brasileiro também”, afirmou, segundo informações do Globo Esporte.com.

“O Barcelona é o melhor do mundo. E nós também temos o nosso valor, fizemos três finais de campeonato em uma temporada (Paulista, Libertadores e Mundial)”, complementou o treinador.

O time comandado pelo argentino Lionel Messi impôs sua maior marca contra o Peixe: a posse de bola. O primeiro tempo foi encerrado com 79% de posse para o Barça, que reduziu o ritmo na segunda etapa e o índice caiu para 71% no encerramento da partida.

O atacante Neymar, principal aposta, foi anulado, não só pela forte marcação que recebia quando pegava na bola, mas porque o Santos simplesmente não tinha a bola. Na saída do campo, ele ressaltou o seu time ser o segundo melhor do mundo e que o Barcelona aplicou uma aula de como jogar futebol.

Hoje pela manhã, integrantes da Torcida Organizada Tubarões assistiram a partida num bar da Capital. O clima era de insatisfação, porém, de reconhecimento pela superioridade do time espanhol.

“Estar no Mundial e ir para o Japão já foi uma conquista para o Santos”, avaliou o acadêmico de direito Natan Rios, 18 anos.

Nos siga no