Esportes

Em nota, diretoria do Operário promete processar presidente de torcida

Fabiano Arruda | 24/06/2011 12:42

Texto também volta a atacar Federação de Futebol em MS

Nota divulgada na manhã desta sexta-feira pela diretoria do Operário critica o protesto realizado ontem, na praça Ary Coelho, região central de Campo Grande, feito pela torcida Esquadrão Operariano. Além disso, volta a atacar a FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul).

A nota garante que os valores revelados de patrocínio pela torcida são irreais e promete processar o presidente da Esquadrão Operariano, Ricardo Braga. Os torcedores afirmaram que o valor do patrocínio da Marca Lupo foi de R$ 115 mil.

A diretoria afirma que a quantia certa é de cinco vezes de R$ 6,6 mil. Além disso, a taxa de sócio, revelada em R$ 225 pelos manifestantes, segundo o Operário, é de R$ 120 e ainda não foi aplicado.

A publicação também questiona que os manifestantes não participaram de outros momentos de crise na história do Galo, como a demolição da sede do clube em 1998, e também não questionaram as contas de gestões antigas do clube. “Onde estavam esses que se dizem torcedores quando aconteceu isso com a sede”, diz um trecho da nota.

No texto, a diretoria operariana garante que mantém transparência na prestação de contas, outro ponto questionado no protesto dos torcedores, e que os recursos da Timemania foram utilizados para abater débitos fiscais do clube.

Além disso, garante que a atual gestão do alvinegro de Campo Grande reorganizou e reformulou a parte de documentação, uniforme e a criação de um projeto de marketing para a captação de recursos.

FFMS - Na mesma nota, a diretoria do Galo volta a fazer críticas à Federação de Futebol do Estado. Entre as reclamações, critica o calendário da Série A em Mato Grosso do Sul, afirma que a FFMS tem perseguido o clube desde 2007 e que a entidade cobra irregularmente taxa de registro de contrato para jogadores.

“A FFMS não faz campeonatos porque eles ganham dinheiro com as transferências de atletas, é fácil de comprovar isso, faça as contas: se todos os clubes contratassem 20 jogadores de fora além dos R$ 500,00 por atleta (R$ 10.000,00) quando acabasse o campeonato os atletas teriam que voltar para seus estados ou jogarem em outros campeonatos porque aqui não tem calendário então a FFMS recebe mais R$ 500,00 por atleta (R$ 10.000,00), ou seja, se 10 clubes fazem isso a FFMS leva limpinho R$ 200.000,00, e ainda, então eu pergunto: para aonde vai esse dinheiro e as taxas de anuidades que pagamos? Não temos retorno de nada. Temos cópias de um documento da CBF que contratos de até 2 salários mínimos são isentos de taxas, mas aqui a FFMS cobra R$ 500,00 por atleta”, diz outro trecho, na íntegra, na nota que reproduz declaração do presidente Toni Vieira.

Outro lado - Em entrevista por telefone, o presidente da FFMS, Francisco Cezário, desconsiderou as acusações. Disse que a taxa de R$ 500, mencionada na nota, realmente existe. “A taxa é aprovada e registra quem quer. Se ele (Toni) está dizendo que é ilegal porque sempre participou?”, declarou Cezário.

Já o presidente da Esquadrão Operariano, Ricardo Braga, falou que a torcida não vai parar seus protestos “porque tem direito”. “É mais uma prova de como ele (Toni) despreza o torcedor”, falou, sobre a ameaça de processo.

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