Esportes

Com salários atrasados, jogadores do Itaporã ameaçam abandonar Série D

Renan Nucci | 25/08/2014 12:57
Itaporã e Brasiliense ficaram no  0 a 0 ontem, em partida realizada no estádio Chavinha. (Foto: Ademir Almeida/Brasiliense)
Itaporã e Brasiliense ficaram no 0 a 0 ontem, em partida realizada no estádio Chavinha. (Foto: Ademir Almeida/Brasiliense)

As próximas horas serão decisivas para o futuro do Itaporã no Campeonato Brasileiro da Série D. Embora a equipe sul-mato-grossense faça uma boa campanha e siga com chances de classificação à segunda fase, fora de campo a situação é outra. Sem receber desde o inicio da competição, os jogadores ameaçam desistir caso não haja um acordo com a diretoria. Uma reunião às 18h de hoje vai definir o futuro dos trabalhos.

Antes do empate em 0 a 0 diante do Brasiliense na tarde de ontem (24), no Chavinha, os atletas protestaram. Segundo o meio-campista Alex Cruz, capitão do time, a situação é insustentável. Ele diz que os jogadores não receberam pagamento desde que começaram as atividades no clube, exceto R$ 1.500 pagos com o dinheiro arrecadado na venda de ingressos do último jogo. A quantia foi dividida para 20 pessoas. “Somos trabalhadores, temos famílias e isso não pode continuar. Tem gente aqui passando necessidade, sem um centavo pra nada”, reclamou.

O jogador explica que se a diretoria não apresentar uma proposta convincente no encontro de logo mais, o elenco vai abandonar o campeonato. “A situação é difícil e precisamos de uma garantia. Se não houver perspectiva de melhora, não teremos mais comprometimento com o clube e vamos abandonar”, reforçou ele, lembrando que jamais havia sido submetido a tais condições ao longo da carreira. “Tudo tem uma primeira vez”, completou.

Daniel Medeiros, sócio da empresa Soccer Union Assessoria Esportiva, responsável pela contratação dos jogadores, reforçou o discurso de Alex e disse que espera chegar a um acordo o quanto antes. Para ele, o Itaporã é alvo de confronto político. “De fato os atletas ainda não receberam desde que começaram o trabalho. Os patrocinadores não se entendem com o poder público, e o time fica sem recursos. É uma pena diante de a boa campanha do time”, lamentou.

A reportagem tentou contato por telefone com Dione da Silva Lima, presidente da entidade, mas até o fechamento desta edição não havia obtido retorno. Ele chegou a atender ao primeiro telefonema, no entanto a ligação foi interrompida bruscamente durante a conversa, e em seguida só caía na caixa de mensagem.

 

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