Esportes

“Campo Grande ganhou ao não ser sede da Copa”, diz presidente da Funesp

Jeozadaque Garcia | 01/02/2012 17:17

Para dirigente, Capital trabalha sem pressão para aproveitar os benefícios do evento, que acontece em 2014 no Brasil

Representantes do COL (Comitê Organizador Local) da Copa de 2014 e da Fifa estarão em Campo Grande, entre os dias 6 e 9 de fevereiro, para vistoriar o Centro de Convivência do Idoso Vovó Ziza, que pode receber uma seleção para o período de adaptação antes da competição.

Para o diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal de Esportes), Carlos Alberto de Assis, Campo Grande trabalha sem pressão para aproveitar, de uma outra forma, a Copa do Mundo.

“Campo Grande ganhou ao não ser sede da Copa, tendo em vista os atrasos nas obras dos estádios, a desorganização das cidades que receberão os jogos”, afirma. “Hoje as cidades têm ainda a pressão da Fifa”, continua.

Ele deve acompanhar a comissão, que desembarca na Capital no próximo dia 6. Assis garante que o local tem condições estruturais de receber uma seleção antes da Copa.

“Vamos construir ainda, no fundo do campo, um prédio de quatro andares, que vai servir de sala de imprensa e acomodará alguns salões, como vestiários”, conta. Hoje, o Vovó Ziza tem piscina aquecida e coberta, e conta ainda com amplas salas, além de um campo com medidas oficiais. “Se for uma exigência, vamos trocar a grama também”, acrescenta.

Assis aponta ainda a mobilidade urbana de Campo Grande como trunfo para conseguir seduzir uma das seleções. “Os organizadores levam em conta não só a distância do Centro de Treinamento até o hotel, mas também o tempo que se leva para chegar até ele”, diz.

Assis acredita que, além da infraestrutura, turismo e cultura podem atrair seleções para Campo Grande. (Foto: João Garrigó)
Assis acredita que, além da infraestrutura, turismo e cultura podem atrair seleções para Campo Grande. (Foto: João Garrigó)

No total, 150 Centros de Treinamentos em todo o Brasil serão pré-selecionados pela entidade máxima do futebol. Destes, 95 serão indicados para as 32 seleções que disputarão o Mundial.

“Mesmo se Campo Grande não for escolhida, fica um legado para uma série de eventos esportivos”, garante.

Marketing - Além da estrutura, Campo Grande poderá atrair uma delegação pelo turismo e cultura. O dirigente citou o exemplo de Japão e Paraguai, que seriam bem recebidos na Capital por conta das colônias.

“Temos que atacar em todas as vertentes, fazer contatos. O chaveamento da Copa também tem que ser levado em conta, ver quais seleções, por exemplo, vão disputar a primeira fase em Cuiabá, e apresentar os benefícios para elas”, exemplifica.

Na surdina – Saudosista, Assis lembrou ainda que, quando chegou em Campo Grande no ano de 1978, o campo do Vovó Ziza foi o primeiro em que ele jogou uma partida de futebol, quando o local ainda era chamado de Grêmio Enersul.

Com o tempo, o local ficou abandonado e “só tinha mato”, como lembra o dirigente, que revitalizou o espaço ao assumir a Funesp sem o conhecimento do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB).

“Eu queria fazer uma surpresa, mas ele veio em um evento aqui e viu o campo. Me ligou para comentar e perguntar quando íamos estrear o gramado”, finaliza.

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