Esportes

Campeonato Estadual curto faz demissão de treinadores bater recorde em MS

Helton Verão | 11/02/2014 15:54
Amarildo foi o segundo técnico do Comercial, o primeiro sequer chegou a comandar o clube a beira do gramado
Amarildo foi o segundo técnico do Comercial, o primeiro sequer chegou a comandar o clube a beira do gramado

Após seis rodadas, quatro treinadores foram demitidos do comando dos clubes, sem contar outros dois que foram demitidos antes mesmo da competição começar. O número chama a atenção, e para os cronistas esportivos está acima do normal. O principal motivo seria o campeonato mais curto e rápido, como aconteceu com todas as competições no país, em razão da Copa do Mundo.

Já caíram neste Estadual Edu Miranda, do Misto; Reinaldo Alexandre, do Sete de Dourados; Amarildo de Carvalho, do Comercial e Irani de Almeida, do Urso. Sem contar os demitidos antes do campeonato, Paulinho Rezende do Comercial e Tiago Batizoco, do Novoperário. “Para nossa realidade não é normal. Esse número seria normal se fosse no fim da competição, agora com tão pouco tempo é acima da média. Sem contar que foram duas demissões antes mesmo de começar”, avalia o cronista esportivo Leomar Ferreira.

Assumiram os cargos Itamar Bernardes em Três Lagoas; Reinaldo voltou a treinar as categorias de base do Sete, enquanto Cláudio Roberto assumiu o cargo; José Coelho, no Colorado e o ex-jogador Jandaia assumiu o Urso.

Outro cronista e repórter, do site Gazeta MS, de Dourados, Rogério Vidmantas, acha normal o número. “É uma média histórica, depois da terceira rodada, sempre é demitido quase um por rodada”, ressalta.

Mas ambos entram em acordo quando lembram que o campeonato mais curto força os clubes pensarem rápido, para poderem aspirar alguma reação na competição. “Os resultados são mais urgentes, então acredito que sim, a competição curta faz as demissões serem mais rápidas. Embora com a sequência de jogos, um técnico novo quase não consegue treinar o time. O Claudio, no Sete, por exemplo. Serão três jogos quase que apenas conversando com os jogadores”, comenta Vidmantas.

Leomar reforçou que é muito difícil o novo treinador conseguir uma recuperação da forma que o campeonato está sendo disputado e concorda que os clubes se veem empenhados a agir rápido. “Temos o caso do Misto, que quando entrou na zona de rebaixamento já trocou. Mas não é só o campeonato curto, tem também a falta de planejamento e de dinheiro”, completa Ferreira.

Na última rodada, outro técnico chegou a pedir demissão por não estar satisfeito com o investimento que o clube faz. Mauro Marino, do Aquidauanense, anunciou no Facebook sua saída, mas no dia seguinte foi convencido a ficar.

A 7ª rodada acontece toda nesta quarta-feira (12). O Maracaju recebe o Novoperário, às 16 horas, no Loucão.

Mais tarde, às 20 horas, Naviraiense e Sete de Dourados, no Douradão; Aquidauaense e Misto, no Noroeste; Águia Negra e Ubiratan, no Ninho; Ivinhema e Itaporã, no Saraivão.

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