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Campeão da Copa do Brasil, Diego Costa tem como grande amigo em MS o ex-técnico

O São Paulo conquistou sua primeira Copa do Brasil com o zagueiro campo-grandense compondo a zaga

Por Gabriel de Matos | 26/09/2023 18:27
Adriano Arce com a camisa autografada por jogadores do São Paulo (Foto: Paulo Francis)
Adriano Arce com a camisa autografada por jogadores do São Paulo (Foto: Paulo Francis)

O São Paulo Futebol Clube foi campeão pela primeira vez da Copa do Brasil neste ano de 2023. A final diante do Flamengo foi de 2 a 1. A conquista no Estádio do Morumbi em São Paulo (SP) teve um campo-grandense atuando, o zagueiro Diego Costa. Quando ainda estava na Capital, ele foi treinado pelo técnico e professor de Educação Física Adriano Arce, de 39 anos.

Ele destacou que ainda é próximo do jogador do São Paulo e que o zagueiro vem frequentemente a Campo Grande para contar sua trajetória de sucesso. O menino, conforme conta o ex-técnico, saiu do bairro Nova Lima.

"Eu comecei a trabalhar com o Diego em 2012, ele veio da escolinha do Corinthians. Ele sempre teve as características de zagueiro, volante e defensor. Cheguei a usar de lateral. O diferencial dele é a impulsão, a vontade e a entrega", detalhou Adriano Arce.

O zagueiro Diego Costa, durante partida com a camisa do São Paulo (Foto: Reprodução/Instagram)

Arce explica que para ser um atleta de sucesso tal qual o zagueiro de 24 anos é preciso não só talento, mas também foco e determinação. "Muitas vezes ele não era o melhor, mas era o mais esforçado e disciplinado. Eu já trabalhei com jogadores que chegaram até a Seleção Brasileira de base, mas não vingaram".

O técnico de 39 anos teve a oportunidade de estar no Morumbi para comemorar o título junto a família do Diego. No entanto, por questões de agenda, não conseguiu a viagem. "A família está comemorando lá nesta semana. Só deve retornar na próxima". 

Ele diz que ainda é próximo da família e conhece o irmão e a mãe. Em relação ao extra campo do zagueiro, Arce exaltou que ele também era "fora de série". Adriano disse que era um menino estudioso, respeitoso e consciente de que teria um preço a se pagar para chegar a ser campeão.

Recado na camisa do São Paulo para o técnico (Foto: Paulo Francis)

Prova da proximidade é que Arce já ganhou três camisetas do jogador. Uma delas inclusive é autografada por vários atletas do elenco como o atacante Alexandre Pato, Jonathan Calleri e Hernanes. O último presente veio com um recado especial: "um abraço e um beijo, Diego Costa".

A entrada na final da Copa do Brasil do Diego Costa foi em um azar do colega de zaga, o equatoriano Arboleda, que saiu no começo da partida por lesão. Seguro, Diego ajudou a equipe na manutenção do resultado de título. "Antes, o Diego tinha falado para mim que queria muito jogar a final. Foi uma ironia do destino", contou.

Outro trabalho de destaque de Arce é o meio-campista Rômulo, que está no Internacional. Ele e Diego jogaram juntos em um projeto conduzido pelo Cruzeiro Esporte Clube em 2013. 

Time comandado por Arce (primeiro em pé à esquerda) campeão da Copa Status (Foto: Paulo Francis)

Carreira de Arce - O técnico abandonou o futebol muito cedo. Ele chegou a ser jogador em dois clubes da Espanha, mas não vingou. "Eu comecei como toda criança e tive uma oportunidade muito boa aos 18 anos. Fiquei dois anos na Espanha, mas tive problemas de adaptação". 

Em 2009, ele começou a trabalhar como treinador, abriu uma escolinha de futebol e seguiu no extracampo. Desde a pandemia, faz trabalho de treinador pessoal de atletas e gestão de carreira. Atualmente, Arce tem parceria com clubes como Cruzeiro, América-MG, Atlético Mineiro, Vasco, Flamengo, times de Santa Catarina e o próximo São Paulo. 

"Então, hoje eu tenho dois trabalhos, um que chama Arena Condá voltado ao fut 7 e outro executado aqui no Bosque da Paz de personal", afirma.

Arce complementa que esse trabalho é importante para não deixar atletas irem do Estado sem desenvolver o futebol local. "Hoje atletas de 13-14 anos são considerados 'velhos'. Muitos vão embora antes disso com 10-11 anos". Para o técnico, a falta de estrutura envolvendo estádios e centros de treinamento é o maior complicador para o futebol sul-mato-grossense. 

Adriano Arce em entrevista no Bosque da Paz, em Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

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