Esportes

Atleticanos da Capital vão torcer pelo time em boteco e até no Marrocos

Helton Verão | 17/12/2013 15:18
Já em solo marroquino, mineiros 'campo-grandenses', os irmãos Kalifes estão ansiosos para os jogos do Galo
Já em solo marroquino, mineiros 'campo-grandenses', os irmãos Kalifes estão ansiosos para os jogos do Galo

 

 

Nesta quarta-feira (18), às 16h30 (horário de MS) o Atlético Mineiro inicia a caminhada mais importante da história na disputa do Mundial de Clubes da Fifa, que está sendo disputado no Marrocos. Os atleticanos de Mato Grosso do Sul estão com a ansiedade a flor da pele e alguns foram à África para assistir os jogos na cidade de Marrakech.

Os irmãos Túlio e Alan Kalife, moram em Campo Grande há 17 anos e já estão em solo marroquino para a partida desta quarta-feira, e na expectativa claro para a possível final de sábado. “Estamos muito ansiosos para o jogo. Viajamos no sábado e estamos contando as horas para a estreia”, comenta Túlio.

Sem dormir há dias, o contador Heber Castilho não acredita que vai conseguir pegar no sono até amanhã e na véspera da final. “Não durmo há dias esperando a hora do jogo. Hoje muito menos, quero ver o Atlético no Mundial logo”, afirma.

Sobre a sensação de torcer para um time mineiro, morando em Campo Grande, onde predominam torcidas de clubes do Rio de Janeiro e São Paulo, os atleticanos lamentam o desconhecimento da história e de torcedores do Galo na cidade. “É chato porque acham que não tem muitos torcedores. Somos em menor número, mas nosso fanatismo é diferenciado. Não escolhi ser atleticano, eu nasci para ser Atlético Mineiro”, exalta o cirurgião Túlio.

Heber na final da Libertadores no Mineirão (Foto: Arquivo Pessoal)

Morando há seis anos na Capital sul-mato-grossense, o contador Castilho, diz ter vindo a trabalho e se apaixonou. Sobre ser minoria aqui, ele minimiza. “A torcida do galo é impressionante, independente se vai ter maioria, a nossa é diferenciada”, diferencia Heber.

Na Capital existe um ponto fixo da torcida do Galo há pelo menos cinco anos. O bar Trem Mineiro, localizado na rua Frederico Ornelas Saravy, 238, no Jardim Itatiaia, é conhecido por abrigar a torcida e inclusive foi aberto com esse intuito. “Antes de abrir fui chamado de louco. Depois que abri e começaram a aparecer os torcedores, eles passaram a compreender o fanatismo dessa torcida. Mesmo há anos sem titulos e somos fanáticos ainda”, ressalta o proprietário do Trem Mineiro, Marcelo Batista Mota, 38.

Bar Trem Mineiro é ponto de encontro dos atleticanos e está localizado na rua Frederico Ornelas Saravy, nº238, no Jardim Itatiaia

Não são poucos – Sobre a quantidade de torcedores em Mato Grosso do Sul, só no Trem Mineiro pelo menos 120 torcedores já compareceram para assistir um jogo. “Em Mato Grosso do Sul temos como base o número de atleticanos que foram ao jogo do Galo contra o Cene, em Dourados, eram pelo menos 3 mil”, conta, referindo-se ao confronto do Atlético contra o Cene, pela Copa do Brasil em 2012.

Sincronia – Sobre os resultados no Mundial, claro que nenhum atleticano pensa em voltar sem o caneco do país africano. O otimismo é grande para a partida desta quarta-feira, contra o Raja Casablanca, que surpreendeu nas quartas de final, eliminando o favorito Monterrey do México.

E parece que foi combinado, mas todas entrevistas aconteceram separadamente e os mesmos placares foram apostados. “Vai ser 2 a 0 na semifinal e um a zero na final”, apontaram, de forma unanime, os torcedores.

Para a possível final contra o Bayern de Munique, eles estavam apreensivos, mas o otimismo aumentou com a lesão do astro holandês ArjenRobben.

Sobre quem fará os gols, ele se divergiram um pouco, mas os nomes foram os mesmo. Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli.

Atlético Mineiro e Raja Casablanca jogam nesta quarta-feira, às 16h30, com transmissão dos canais fechados Fox Sports e Sportv. A Band também transmite a partida. Caso passe a final o jogo é no sábado, no mesmo horário.

Aos atleticanos que se interessarem em ver o jogo no Trem Mineiro, o bar abre em todos os jogos do Galo Mineiro e o prato a ser servido não poderia ser outro, a não ser oo feijão tropeiro.

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