Esportes

Antes de reforma ampla, Morenão terá “maquiagem” para o Estadual

Estádio receberá adequações para Campeonato Sul-Mato-Grossense, que começa em janeiro; projeto prevê obras em todo o complexo

Humberto Marques e Gabriel Neris | 06/11/2019 15:40
Carlos Alberto Assis, Marcelo Turine e Marcelo Miranda: projeto prevê reforma ampla para atrair famílias ao complexo do Morenão. (Foto: Gabriel Neris)
Carlos Alberto Assis, Marcelo Turine e Marcelo Miranda: projeto prevê reforma ampla para atrair famílias ao complexo do Morenão. (Foto: Gabriel Neris)

Confirmada nesta quarta-feira (6) com a entrega do projeto aos técnicos do governo do Estado, a reforma do estádio Pedro Pedrossian, o Morenão, começará de fato em 2020, prevendo serviços que darão uso contínuo ao local pela população e até mesmo a possibilidade de abrigar órgãos da administração sul-mato-grossense. Antes, porém, será providenciada uma nova “maquiagem” para que o espaço esteja em condições de sediar os jogos da Série A do Campeonato Sul-Mato-Grossense, que começa em 20 de janeiro.

As informações foram prestadas por representantes do Executivo estadual e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), durante o ato de entrega do projeto de reforma do estádio ao governo. Planejado pela instituição de ensino e a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), com previsão de investimentos entre R$ 4 milhões e R$ 4,5 milhões, ele já representou economia estimada de R$ 300 mil –uma vez que foi dispensada a contratação de empresa para sua elaboração.

O reitor da UFMS, Marcelo Turine, entregou o projeto ao assessor especial para a Capital do governo, Carlos Alberto de Assis, e ao diretor-presidente da Fundesporte (Fundação do Esporte de Mato Grosso do Sul), Marcelo Miranda. O plano não contempla somente o Morenão, mas todo o complexo poliesportivo e arquitetônico, totalizando oito projetos em áreas como arquitetura, acessibilidade, prevenção e combate a incêndios, hidráulica, isolamento do fosso e elétrica.

Diante da profundidade das obras, optou-se por, neste primeiro momento, realizar serviços que adequem o estádio para o estadual de futebol, atendendo às exigências de órgãos como o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Corpo de Bombeiros em áreas como segurança dos torcedores e acessibilidade. Com o término do campeonato, espera-se dar sequência às obras em todo o complexo.

A maior parte dos recursos para a obra deve sair do Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, do Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul), diante da avaliação de que o atendimento ao Estatuto do Torcedor representa melhoria em uma relação de consumo. Quando terminadas as obras, espera-se que o Morenão tenha estrutura para sediar eventos para públicos de até 35 mil pessoas –capacidade máxima das arquibancadas.

Ato para entrega de projeto foi realizado nesta tarde; após serviços preliminares para o Estadual, Morenão passará por revitalização profunda. (Foto: Gabriel Neris)

Passos – O projeto entregue nesta quarta-feira foi elaborado pela UFMS ao lado da Agesul e, agora, segue para abertura do processo licitatório já prevendo as adequações para o Estadual de Futebol. Assis afirmou que as obras a serem realizadas não devem ser de grande complexidade, e destacou contar com a compreensão do promotor Luiz Eduardo Lemes de Miranda, da 43ª Promotoria de Defesa do Consumidor –responsável pelos laudos de liberação do estádio– para a liberação.

Marcelo Turine, por sua vez, destacou que a intenção com as obras é fazer do Morenão “um local acessível a vários públicos: crianças que andem de skate ou patins, passeios em família no fim da tarde. Pretendemos fazer um Parque da Ciência aqui ao lado, com monumentos e interatividade”, contou.

Outra possibilidade é a transferência de órgãos da administração estadual para salas do estádio ou da UFMS que vêm sendo desocupadas nos últimos tempos, como o Procon-MS ou a própria Fundesporte. Carlos Assis lembrou de um antigo compromisso do governo estadual de abrir espaço no Morenão para as Escolas de Samba de Campo Grande, com o oferecimento de cursos para costureiras e outros envolvidos com o Carnaval e, se possível, “usar a pista do estádio para um futuro desfile”.

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