Esportes

Alunas da Capital estão entre 12 mil que carregarão tocha olímpica no País

Jovens de 14 anos ganharam concurso de redação em escola pública

Thiago de Souza | 03/05/2016 19:30
Yasmim escreveu sobre a paz que os jogos olímpicos proporcionam. (Foto: Divulgação/Semed)
Yasmim escreveu sobre a paz que os jogos olímpicos proporcionam. (Foto: Divulgação/Semed)
Júlia falou sobre a importância de participar dos jogos olímpicos. (Foto: Divulgação/Semed)
José Roberto diz que será uma emoção única carregar tocha olímpica. (Foto: Arquivo pessoal)

Das 12 mil mãos brasileiras que carregarão a tocha olímpica, em mais de 300 cidades de País, duas serão das alunas campo-grandenses da Escola Municipal Múcio Teixeira Júnior, Julia Vega de Oliveira e Yasmim Ramos Feninanos. O percurso que cada uma vai percorrer com a tocha, no dia 25 de junho é de 200 metros.

Elas foram vencedoras de um concurso de redação, voltado para alunos do 8º e 9º anos, cujo tema principal era "O Brasil e as Olimpíadas". Cada aluna escolheu um dos sub-temas propostos pelo Ministério da Educação. Yasmim, 14, falou sobre a paz que os jogos olímpicos proporcionam a uma nação. Julia dissertou sobre o "espírito olímpico e a importância de participar".

"Não imaginava que minha redação seria a escolhida entre centenas de outros textos com potencial", relatou Yasmim. A jovem pratica natação e diz que está muito feliz em fazer algo tão importante, justo no mês de seu aniversário.

Yasmim diz que vai dedicar a conquista ao irmão, que é professor de educação física. Para a estudante "o esporte muda a vida de muitas pessoas, além de unir várias nações por um amor em comum, mesmo se algumas pessoas não sabem dar valor a isso".

Desde que recebeu a confirmação da participação no revezamento da tocha, Yasmim conta os dias para realizar o feito. "Estou ansiosa, tenho certeza que vou ficar nervosa e penso: Meu Deus não posso deixar isso cair", brincou.

O símbolo olímpico chegou ao Brasil, na madrugada de hoje, vinda da Grécia, e já mexe com o sentimento das pessoas. Ansiedade, emoção e orgulho são as palavras mais citadas para quem vai ter o privilégio de levar consigo o símbolo olímpico. Outros campo-grandenses também vão carregar a tocha olímpica, no dia 25 de junho, em percurso de 200 metros.

Adilson Higa, lutador e professor de jiu-jitsu, que amputou o braço esquerdo em um acidente de trânsito, diz que será um dia emocionante. Além disso, o desportista diz que vai passar a mensagem de que o jiu-jitsu deveria se tornar esporte olímpico.

Também desportista e Campo-grandense, Larissa Portela diz que se entusiasmou quando viu o tocha pan-americana passar por Campo Grande em 2007. Agora, 12 anos depois ela mesma vai transportar o símbolo olímpico na cidade onde mora e faz o que mais gosta, que é jogar handebol.

"Levei um susto, pois a confirmação da minha participação caiu no lixo eletrônico do e-mail. Fui ver um dia depois e corri o risco de nao participar", contou Larissa, que também se formou em educação física e hoje cursa zootecnica.

Emocionado também está o motorista, José Roberto de Almeida Filho, que é alagoano, mas escolheu Mato Grosso do Sul para viver. "Fiquei maravilhado, estou muito feliz, pois é uma coisa que só vai acontecer uma vez na vida", relatou José Roberto. "Representar a cidade e o estado será um orgulho para mim", completou. 

Os jogos olímpicos Rio 2016 começam dia 5 de agosto e terminam dia 21. As paralímpiadas começam dia 7 e terminam dia 18 de setembro.

Yasmim (esquerda) e Júlia venceram concurso e vão carregar a tocha olímpica. (Foto: Divulgação/Semed)
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