Diversidade cultural marca início do Vídeo Índio Brasil
A diversidade cultural marcou a abertura do VIB (Vídeo Índio Brasil) 2010 em Campo Grande e em 112 cidades brasileiras. Devido aos fusos horários diferenciados, mas com a mesma programação, o projeto colocará a questão indígena em pauta até o próximo sábado (7), de acordo com Nilson Rodrigues, diretor geral do evento.
A solenidade em Campo Grande aconteceu na sala do CineCultura, que ficou lotada na sessão de estreia. Representando o ministro da Cultura Juca Ferreira, o secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, Américo Córdula, frisou que Mato Grosso do Sul tem uma dívida histórica com o povo indígena e o projeto é uma das tentativas de dialogar com essas culturas por meio do audiovisual e com os debates.
Já Eliel Benites, do Ponto de Cultura Teko Arandu (MS), lembrou da necessidade do foco no olhar indígena. Para ele o VIB é uma oportunidade de compreensão, a partir das discussões e reflexões de toda a programação, do que os índios têm a mostrar, a dizer, seja em suas expressões orais, corporais, artísticas, ou no audiovisual.
Durante a estreia do VIB também estiveram presentes na cerimônia Egon Krakhecke, secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, e Márcio de Camilo, representando a Associação Amigos do CineCultura, entidade que realiza o projeto.
As primeiras projeções do Vídeo Índio Brasil também aconteceram ontem com as exibições em todo o Brasil de "Já me transformei em imagem", de Zezinho Yube e "De volta à terra boa", de Vincent Carelli, ambas produções do Vídeo nas Aldeias. Em Campo Grande, o Brô MCs, um grupo de rap composto por índios Guarani de Dourados fechou a noite de estreia do projeto.
O VIB acontece simultaneamente em Campo Grande, oito cidades do interior de MS e em mais de 100 cidades brasileiras. Na programação há exibições de filmes e vídeos, seminário, oficina de audiovisual para indígenas, exposições e lançamentos de livros, tudo com entrada franca.
