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Maioria quer que "lista de vacinados" seja divulgada em MS

62% dos leitores que votaram em enquete concordam com essa ideia, enquanto os outros 38% são contrários

Guilherme Correia | 26/01/2021 07:35
Chegada de imunizantes anti-covid em Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Chegada de imunizantes anti-covid em Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Diferente de outras divulgações públicas, os balanços sobre a campanha de vacinação contra a covid-19 têm mostrado apenas números de vacinados e outras informações mais amplas. Com a preocupação por aqueles que podem "furar a fila" da vacina, a dúvida que surgiu é: a lista com os nomes das pessoas vacinadas deve ser divulgada publicamente?

Mesmo que 62% dos leitores tenham respondido que concordam com essa divulgação, ao contrário dos 38% que se opõem a essa ideia, o tema divide opiniões nos comentários do Campo Grande News.

Para um deles, "a vacina deveria ser para quem quisesse e não essa burocracia toda", enquanto outro diz que "já devia estar no portal da transparência".

A comparação que alguns fizeram é em relação aos dados do auxílio emergencial, que tinham ampla divulgação com registros de nome e CPF (Cadastro de Pessoa Física), por exemplo. Isso só foi possível porque em maio, o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou que o Ministério da Cidadania divulgasse quem recebe e quanto recebe do programa federal.

Manaus, capital do Amazonas, passou a publicar a lista de vacinados com nome, CPF, local de trabalho, entre outras informações, daqueles que tenham sido imunizados contra o coronavírus. Por lá, há diversos relatos e ocorrências de pessoas "furando a fila" da vacina - ou seja, pessoas fora dos grupos prioritários recebendo o imunizante.

"Sim, com certeza tem muita gente furando fila", diz um leitor, enquanto outra defende outro posicionamento: "isso é crime, divulgar qualquer informação de uma pessoa sem seu consentimento é CRIME, e tem todo um trâmite para divulgar até os tratamentos dentro da medicina".

Em Mato Grosso do Sul, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) solicitou ao Ministério Público que acompanhasse a aplicação das doses pelos municípios, de forma a "impedir que vacinem pessoas que não pertencem aos públicos prioritários". A pasta estadual também informou que serão feitas campanhas para evitar os "fura-filas", mas não mencionou nenhum tipo de lista com os dados dos imunizados.

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