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Leitores até concordam em obrigar exame, mas rebatem: "por que só professores?"

Projeto na Câmara quer que professores façam, obrigatoriamente, exame toxicológico

Guilherme Correia | 21/10/2021 09:04
Sala de aula de uma escola municipal em Campo Grande; alguns leitores questionam que há outras prioridades, além de um eventual exame a professores. (Foto: Henrique Kawaminami)
Sala de aula de uma escola municipal em Campo Grande; alguns leitores questionam que há outras prioridades, além de um eventual exame a professores. (Foto: Henrique Kawaminami)

A maioria dos leitores (59%) do Campo Grande News concorda com a ideia de exigir exame toxicológico para detecção de uso de determinadas substâncias, a professores de Campo Grande. No entanto, com centenas de comentários nas redes sociais e milhares de curtidas, a cobrança também recai sobre os próprios parlamentares.

Em PL (Projeto de Lei), o vereador Tiago Vargas (PSD) quer que essa prática seja obrigatória. No entanto, o texto ainda precisa passar pelas comissões, onde pode ser aprovado ou não, para que então seja votado. A partir daí, ele também poderá ser vetado pelo prefeito, Marcos Trad (PSD).

Conforme apurado pela reportagem, o projeto tem baixa aprovação na Casa de Leis e é alvo de críticas dos profissionais de educação.

Nos comentários do jornal, a leitora Tamyris Martins afirma que, se isso fosse efetivado, a própria Câmara dos Vereadores deveria dar exemplo. "Vamos ver quantos vão ficar para fazer, eu chuto um total de zero". O leitor Adrian Ramires também questiona por que não cobram a mesma testagem a funcionários públicos em geral, sobretudo os políticos. "E por que só professores? Não sou a favor disso".

O leitor Cleber Wastowski Cardoso diz que não quer essa prática apenas a professores, como também para todos os servidores estatais. "Em todas as esferas, municipal, estadual e federal", completa.

Por fim, a leitora Amanda Czernisz reclama do PL e diz que seria preciso propostas para melhorar a educação municipal. "O nobre vereador deveria conhecer realidade das escolas e propor projetos de valorização profissional e melhoria da infraestrutura das escolas. Conheça a nossa realidade. Projetos como esse generalizam e desvalorizam ainda mais a profissão", finaliza.

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