Economia

Venda do Grupo Rede para empresa do Paraná será decidida pela Justiça

Ângela Kempfer | 06/07/2013 10:51

Assembléia na tarde de ontem para definir destinos do Grupo Rede, dono da Enersul, teve votação inconclusiva e agora caberá à Justiça decidir se o plano de recuperação da empresa será ou não aprovado. A proposta está vinculada à venda à Energisa.

A reunião de sexta-feira acabou com resultados que podem ser questionados por credores. A maioria decidiu contra o plano de recuperação. Mas o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço conseguiu liminar para também ter o direito ao voto e sob força judicial conseguiu marcar posição favorável e mudou o placar.

Agora, o Grupo Rede e a Energisa esperam que o juiz responsável pelo processo de recuperação entenda que o plano foi aprovado e garanta assim a negociação da empresa.

O FI-FGTS não poderia votar porque era acionista do Grupo Rede, mas vendeu suas ações e por isso conseguiu liminar para votação. O problema é que o mérito ainda será julgado no Tribunal de Justiça de São Paulo e a decisão pode ser contra a transação e anular o voto do Fundo na assembleia de ontem.

Na quinta-feira, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que pode estender o prazo de intervenção nas distribuidoras de energia do Grupo Rede se não houver um acordo aprovado até o dia 15 de julho.

Segundo órgão, “a demora na solução para as empresas do Grupo Rede é preocupante, uma vez que algumas distribuidoras tem níveis de qualidade insatisfatórios”.

Holdings do Grupo Rede estão em processo de recuperação judicial e o controlador atual da empresa, Jorge Queiroz Jr., chegou a fechar compromisso de venda do controle para CPFL Energia e Equatorial Energia. Mas a Energisa também entrou na disputa e foi melhor aceita pelos credores. A empresa do Paraná ofereceu R$ 3,3 bilhões pelo negócio.

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