Vazio sanitário derruba casos de ferrugem, mas chefe da Embrapa faz alerta
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As ocorrências de ferrugem asiática em Mato Grosso do Sul diminuíram 95% em oito anos, de 613 para 31, de acordo com o chefe da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Asmus. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Asmus atribuiu o declínio das ocorrências vazio sanitário, período de 15 de junho a 15 de setembro, quando fica proibido o cultivo de soja em terras sul-mato-grossenses.
A “quarentena” foi implantada em 2006, quando apenas a Embrapa diagnosticava a ferrugem asiática. Só naquele ano foram 190 casos de ferrugem em Dourados e 34 em Maracaju. Na safra passada, 2013/14, com as duas cidades tiveram apenas um foco cada uma e o diagnóstico é feito também pelas fundações MS e Chapadão.
Asmus, ao avaliar a situação, afirma que, apesar do quadro positivo, o plantio da soja safrinha em Mato Grosso do Sul pode ser um risco para a manutenção das estatísticas. “O produtor rural é livre para plantar em janeiro ou fevereiro, mas deve estar atento ao risco fitossanitário que pode causar”, alerta o chefe da Embrapa na entrevista ao jornal especializado em economia. O perigo é uma possível resistência das pragas e doenças quanto aos defensivos agrícolas.