Variação de 32% tira Capital da 1ª posição de refeição mais barata do País
Pesquisa anual nacional mostra que o gasto médio para almoçar fora em Campo Grande é de R$ 34,70, a segunda mais cara do Centro-Oeste e 24ª no ranking nacional; em 2018, era o prato mais barato do País
Pesquisa revela que o trabalhador em Campo Grande gasta, em média, R$ 34,70 para almoçar fora de casa, conforme levantamento da ABBT (Associação Brasileira de Empresas de Benefícios ao Trabalhador). Pela pesquisa anual, a cidade teve variação de 32,3% em relação aos dados da pesquisa anterior, deixando de ser a mais barata do País.
Pelo levantamento, o índice ficou um pouco acima do resultado geral do Centro-Oeste (R$ 35,16), sendo a segunda mais cara, ficando atrás somente do Distrito Federal. A média também está acima do percentual nacional (R$ 34,84).
O levantamento “Preço Médio da Refeição Fora do Lar” foi feito em 22 Estados e no Distrito Federal, num total de 51 municípios, coletando quase 6,2 mil preços de pratos, no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019. Pelo ranking, passou de 51ª para 24ª no ranking.
Foi considerado o preço da refeição composta por prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café, na hora do almoço, em estabelecimentos que aceitam voucher refeição como forma de pagamento.
De acordo com a pesquisa, a variação de preço de um ano para outro foi diretamente impactada pela realidade econômica de cada município. “O país vem atravessando uma fase de econômica pouco aquecida, o emprego e a renda ainda não se fortaleceram e isso afeta diretamente o desempenho dos estabelecimentos”, diz a diretora-executiva da ABBT, Jessica Srour.
De acordo com o estudo, o valor gasto com o almoço representa 1/3 da renda média do trabalhador. Isso equivale ao desembolso mensal em torno dos R$ 766,00, o que corresponde a 34% do salário médio do brasileiro, atualmente em R$ 2.285,00 no período de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019 (segundo a pesquisa PNAD/IBGE).
Esta edição da pesquisa ABBT aponta que, para equilibrar os gastos, o trabalhador optou por restaurantes com preço mais acessível, mas sem deixar de lado a preocupação com uma alimentação equilibrada. A maioria dos restaurantes pesquisados registrou aumento na procura por produtos mais saudáveis, como verduras e legumes (55%) e sucos naturais (60%).