Economia

Vale tudo para vender, desconto de 60% até 100 dias para pagar a compra

Mariana Lopes | 22/07/2013 07:59
(Foto: Marcos Ermínio)
(Foto: Marcos Ermínio)

Na hora de atrair o cliente e queimar todo o estoque da coleção Outono/Inverno, a concorrência das lojas ficam acirradas para ver qual oferece mais facilidades no pagamentos e qual tem o melhor desconto. No comércio da região central de Campo Grande, as vitrines das lojas estão bem atrativas com anúncios de promoções a liquidações, o que apontam os preços bem abaixo do normal.

As apostas são altas e, claro, que nesta disputa quem ganha é o cliente, que aproveita a oportunidade para gastar com o que, muitas vezes, em precisa. Mas com tanta oferta, é difícil até resistir, até para os mais controlados.

Na loja de departamento Suller, além dos descontos, que chegam a 50%, o cliente pode dividir a compra em até 10 vezes no cartão de créditos, sem juros. Mas, de acordo com o gerente da loja, Aurimar Santa Rita, o preço baixo atrai mais do que a facilidade em pagar. Depois das promoções, o gerente afirma que a venda aumentou em 25%.

Dentro da loja, a doméstica Dalva Alexandre da Cruz conferia as peças e confessou que a vitrine a atraiu para entrar na loja. "Achei os preços bons, mas podendo dividir na hora de pagar, dá para levar mais coisas até", comenta Dalva, enquanto escolhia uma roupa para presentear o namorado. 

Dalva escolhia o presente do namorado e aprovou as promoções (Foto: Marcos Ermínio)

Para queimar mesmo a coleção atual e abrir espaço nas araras para a coleção Primavera/Verão, a Hering anuncia na vitrina a tradicional liquidação "Rapa", que traz descontos de até 60% nas peças. A gerente da loja do Centro, Marlí Pires, garante que com o anúncio, a venda subiu 5% neste mês.

"Os preços baixos mesmo estão nos casacos, que saíram poucos, porque o inverno este ano foi fraco", explica a gerente, que espera as temperaturas baixas desta semana para esvaziar as prateleiras.

A técnica de enfermagem Maria Lacerda Silva Satos, 24 anos, saiu de casa determinada em comprar apenas uma sapatilha e uma blusa, mas a cada vitrine que ela passava, era inevitável pelo menos não passar os olhos nos cartazes que anunciavam as promoções. "Acontece de a gente acabar levando outra coisa só porque o preço está bom", conta.

E na disputa pelo cliente, vale de tudo mesmo. Na porta da loja Pernambucanas, a faixa anuncia que quem comprar hoje, pode começar a pagar só em outubro. 

A poucas quadra, outra loja anuncia que o maior preço é R$ 60. A gerente da Uzze, Rubia Morgano Freitas, relata que peças que custam R$ 205, baixaram mais do que 50%, a maioria de inverno. Com isso, a venda da loja subiu também dobrou.

Em Campo Grande, o clima mais frio do ano foi de temperaturas altas, o que refletiu nas vendas de casacos e peças mais quentes. "O que vendi da coleção de inverno foi para clientes que não eram da cidade ou que iam viajar", diz Rúbia.

 

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