Economia

Um ano depois, empresa pivô de operação ainda não pagou demitidos

Priscilla Peres | 07/06/2016 17:34
Trabalhadores foram demitidos em julho do ano passado e só receberam agora. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Trabalhadores foram demitidos em julho do ano passado e só receberam agora. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

A Proteco, empreiteira do empresário João Amorim, desembolsou nesta semana R$ 371 mil para pagar rescisões de 17 trabalhadores demitidos em julho do ano passado, quando a empresa foi afastada das obras do Aquário do Pantanal, em Campo Grande.

Diante da demissão de 34 funcionários, o Sinticop (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada de MS) entrou com uma ação coletiva do Tribunal Regional do Trabalho, pedindo o pagamento de R$ 839 mil de direitos trabalhistas.

O valor pago nesta semana foi conseguido após o Juiz Titular da Vara do Trabalho Julio Cesar Bebber, homologar acordo entre o sindicato e a Proteco estabelecendo o pagamento e o recolhimento de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), assim como a liberação do benefício aos demitidos.

O assessor jurídico do sindicato, Denis Ricartes conta que a Justiça não encontrou o montante pedido nas contas da Proteco e por isso, o juiz pediu a antecipação de tutela para garantir o pagamento. Dessa forma, a construtora ainda deve R$ 468 mil a 28 funcionários.

O presidente do sindicato Walter dos Santos, explica que muitos funcionários estavam passando por dificuldades financeiras sem a rescisão. “Se não fosse a ação e o acordo com o Sindicato, provavelmente os trabalhadores não receberiam em razão dos bens da empresa bloqueados pela justiça”, disse.

Em novembro do ano passado, o Ministério Público Estadual desencadeou a Operação Lama Asfáltica, da qual a Proteco é alvo, acusada de fraudes em licitações e corrupção de servidores estaduais.

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