Economia

Temer convocou governadores para discutir dívida, diz Reinaldo

Reunião será na segunda-feira com os 27 governadores

Leonardo Rocha | 17/06/2016 11:01
Reinaldo concedeu entrevista durante solenidade na Sanesul (Foto: Fernando Antunes)
Reinaldo concedeu entrevista durante solenidade na Sanesul (Foto: Fernando Antunes)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) revelou que o presidente Michel Temer (PMDB) convocou todos os governadores para uma reunião, na próxima segunda-feira (20), para discutir uma solução para dívidas dos estados com a União. A intenção é que haja um consenso entre as partes, que apresentaram propostas diferentes na semana passada.

Reinaldo disse ainda que os governadores farão uma reunião preliminar, antes do encontro com o presidente, em Brasília, para que juntos definam uma proposta que será apresentada ao Palácio do Planalto. "Temos que ter uma ideia única da questão da dívida, para chegarmos unidos nesta conversa".

O tucano lembrou que já foi entregue, na semana passada, uma proposta dos estados ao Ministério da Fazenda, mas que a resposta do governo federal, não foi satisfatória. "Esperamos sair desta reunião com um alinhamento definido, para que o projeto seja votado na Câmara dos Deputados e Senado Federal".

Propostas - Os estados querem um período de carência para o pagamento da dívida de 24 meses, com o alongamento da dívida de 20 anos, e cobrança de juros simples, com redução no valor em 50%. No caso de Mato Grosso do Sul, o valor de R$ 6 bilhões, contabilizado até 2013, seria reduzido para R$ 3,2 bilhões. Hoje a dívida aqui já chegou ao patamar de R$ 7,8 bilhões.

A União ofereceu uma carência de 18 meses, com descontos escalonados, começando com 100% e tendo redução de cinco pontos percentuais até o 18° mês. O secretário estadual da Fazenda, Márcio Monteiro, disse que a proposta não atende as necessidades dos estados, por isso se buscou uma nova rodada de negociação.

Por cautela, o governo estadual está depositando o repasse de R$ 100 milhões (em média), em uma conta administrativa, pois se caso haja uma decisão desfavorável no STF (Supremo Tribunal Federal), os estados podem ter que ressarcir a União, pelos meses que a dívida não está sendo paga, munidos por liminares.

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