Economia

Telefonia lidera ranking de reclamações de consumidores, segundo Procons

Ricardo Campos Jr. | 13/09/2017 14:09
Plateia do encontro de dirigentes do Procon, onde dados estão sendo divulgados (Foto: André Bittar)
Plateia do encontro de dirigentes do Procon, onde dados estão sendo divulgados (Foto: André Bittar)

Reclamações contra empresas de telefonia lideram o ranking do Procon de Mato Grosso do Sul, respondendo por 21,79% dos atendimentos. O problema se torna ainda mais crítico na região de fronteira, onde os sinais muitas vezes se misturam e a população opta pelas operadoras do país vizinho, que em alguns casos funcionam melhor em terras brasileiras.

Luciane Andreia Sampaio, diretora-executiva do Procon de Corumbá, afirma que na Cidade Branca o sinal é extremamente precário. A Vivo, principal companhia que atende a região, assinou um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) em 2015 se comprometendo a instalar uma nova torre na região.

“Mas a instalação tem esbarrado em questões burocráticas, principalmente na questão das licenças", explica.

Ela participa nesta quarta-feira (13) de um encontro com dirigentes de Procons de todo o estado para trocar experiências que ajudem a aprimorar o atendimento à população, principalmente diante dos serviços que geram mais reclamações.

“Em Corumbá as operadoras são líderes imbatíveis em problemas com o consumidor”, acrescenta.

Claudia Bonato assistindo a palestra (Foto: André Bittar)

Sul - A situação não é diferente dos municípios localizados na fronteira com o Paraguai. Em Paranhos, por exemplo, a população chegou a fazer um abaixo-assinado depois de ficar vários dias sem sinal de internet e de celular, forçando os clientes a aderirem à Tigo, do país vizinho.

Em Ponta Porã, as operadoras também deixam a desejar, segundo a coordenadora do Procon local, Claudia Bonato. “O evento deve nos dar algum sentido, algum norte para lidar com essa situação, de melhoria do serviço das telefônicas”.

Depois das operadoras, os bancos ocupam o segundo lugar no ranking de reclamações no município. Segundo ela, é comum faltar dinheiro nos caixas eletrônicos durante fins de semana e feriados. “Os bancos dizem que o problema ocorre por questões de segurança”.

Dados - Dos atendimentos feitos pelo órgão, as reclamações voltadas a instituições bancárias subiu 39,87% de 2016 até o momento em 2017.

Foram 815 reclamações ano passado contra 1.140 até agosto. Dessas, 25,95% foram motivadas por cobrança indevida e 18,98% pela falta de solução nas demandas apresentadas pelos clientes.

Programação – O evento foi aberto com uma palestra sobre nota fiscal eletrônica com Edson Massacazu Ochigame da Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda).

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