Economia

Setor têxtil busca tecnologia para enfrentar concorrência internacional

Fernanda Mathias | 28/06/2016 09:02
Com tecnologia e redução de desperdícios, indústrias têxteis buscam aumentar a competitividade (Foto:Divulgação/Fiems)
Com tecnologia e redução de desperdícios, indústrias têxteis buscam aumentar a competitividade (Foto:Divulgação/Fiems)

Enquanto em países vizinhos, como no Paraguai, a diferença abissal da carga tributária amplia as vantagens competitivas, indústrias instaladas do lado brasileiro se esforçam para buscar produtividade na tecnologia e práticas de produção que reduzem o desperdício.

Começou na última segunda-feira, 27, em Campo Grande, e segue até a próxima sexta-feira, 01, a 1ª Feira de Tecnologia e Inovação do Vestuário e Capacitação Técnica em Máquinas de Costura Industrial e Máquinas de Bordar Eletrônica, realizada pelo Senai, Sindivest/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul) e Sebrae/MS.

“É uma forma de apoiar nossa produção. Nós contamos com bons incentivos do governo estadual, mas que são bons para as condições do Brasil”, diz o presidente do Sindivest, José Francisco Veloso, ressaltando que no Paraguai a carga tributária representa de um quarto a um quinto da brasileira.

O que ocorre é que algumas empresas mantêm operações dos dois lados da fronteira ou mesmo buscam o produto em outros Países, no caso de licitações públicas seguindo os critérios de qualidade estabelecidos em edital. Uma concorrência que afeta a produção local, responsável por 12 mil empregos formais.

Uniformes escolares – No dia 03 de junho a Prefeitura de Campo Grande publicou na edição do Diário Oficial do Município a compra dos primeiros lotes de uniformes para os alunos da Reme (Rede Municipal de Ensino), mais de dois meses após o início das aulas.

Camisetas e calçados foram comprados a R$ 3,8 milhões das empresas Nilcatex Têxtil e Odilara Frassão Calçados Eireli, segundo consta na publicação.

Nas etiquetas das bermudas entregues pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) aos alunos da Reme, por meio da prefeitura da Capital, há a informação de que as peças foram importadas do Paraguai pela empresa Triunfo Comércio e Importação, de Blumenau (SC), e distribuídas pela Odilara.

Em nota, a Prefeitura informou que as empresas cumpriram com requisitos de qualidade e preço e que a licitação obedeceu todos os trâmites legais. Informa, inclusive, que as peças foram inspecionadas após a entrega e que antes as empresas apresentaram amostras que atestaram a qualidade.

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