Economia

Setor imobiliário espera aquecimento de negociações no fim de ano

Fabiano Arruda | 16/11/2011 19:00

Mercado espera aumento nas vendas e admite queda em 2011 comparada ao ano passado

Residencial no bairro Tiradentes mostra alta demanda para venda ou aluguel de imóveis; mercado espera concretizar negócios com chegada do 13º. (Foto: João Garrigó)
Residencial no bairro Tiradentes mostra alta demanda para venda ou aluguel de imóveis; mercado espera concretizar negócios com chegada do 13º. (Foto: João Garrigó)

Pelas ruas de Campo Grande é possível perceber diversas placas de “vende” ou “aluga”, o que mostra o reflexo do aquecimento do setor imobiliário típico de final de ano.

É nos meses de novembro e dezembro, época em que os trabalhadores recebem o 13º salário, que os negócios começam a ser concretizar.

Na área central as salas comerciais demonstram a realidade da alta demanda. Só na Rua da Paz, região nobre da Capital, pelo menos 11 imóveis comerciais estão disponíveis para aluguel.

Nos bairros a situação não é diferente. Na Rua Marquês de Pombal, bairro Tiradentes, área repleta de condomínios de apartamentos, numa observação superficial, é possível contar 16 residências à venda e nove para aluguel.

Números da prefeitura reforçam o que o mercado já espera. Com a maioria dos negócios fechados em dezembro, o registro do ITBI (Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis), obrigatório em cartório, tem maior incidência nos meses de janeiro e fevereiro.

Em 2010, no primeiro mês foram 44,1 mil e no segundo 46,6 mil.

“A pessoa analisa o imóvel e fecha o negócio em dezembro. Como algumas pessoas moram fora voltam para Campo Grande a fim de fechar a documentação”, analisa o presidente do Sindimoveis/MS (Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul), James Gomes.

Ele afirma que o aquecimento nos negócios no final do ano já é esperado, mas admite que o volume de vendas em 2011 foi inferior a 2010. “Este ano foram menos construções”, justificou.

Galeria disponibiliza salas comerciais para aluguel na Rua da Paz.

O presidente do Secovi (Sindicato da Habitação-MS), Marcos Augusto Neto, segue a mesma linha. Diz que os negócios no setor ganham volume entre dezembro e fevereiro, no entanto, também afirmou o setor não conseguiu acompanhar o ritmo registrado ao longo de 2010.

“As vendas no Brasil todo caíram na ordem de 30% em relação ao ano passado, no entanto, 2010 não pode ser considerado padrão porque foi atípico o volume de vendas”, explica, destacando a expansão do “Projeto Minha Casa, Minha Vida”.

“Até o setor achou positivo (desaceleração) porque havia muita demanda e estava falando mão-de-obra”, complementou.

Para o presidente do Secovi, embora as vendas tenham reduzido, o mercado segue em crescimento. “O desafio é manter a constância”, afirma.

Já o número de financiamentos em Mato Grosso do Sul aponta direção contrária. Seugundo dados da Superintendência da Caixa Econômica Federal no Estado, de janeiro a setembro de 2011 o número de financiamentos foi de 9,4 mil, contra 8,6 mil no mesmo período do ano passado, alta de 9,11%. O valor das transações subiu 14,84%. Foram R$ 781,1 milhões, enquanto no ano passado, R$ 680,1 milhões.

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