Economia

Sem receber de usina, arrendatário se desfez do rebanho

Redação | 29/01/2009 11:11

Há 14 meses sem receber pelo arrendamento de duas áreas para a Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool, antiga usina Santa Olinda, no distrito de Quebra-Coco, o pecuarista Antônio Fernando Menegoni Silva teve que se desfazer de seu rebanho de bovinos, para se manter.

Ele conta que tinha 1,2 mil animais e como não recebeu os valores referentes aos últimos 14 meses de arrendamento teve que vender o gado e hoje tem apenas 100 cabeças no pasto. "Tive que vender meu gado, acabar com meu patrimônio", lamenta. Em novembro o pecuarista ingressou com uma ação para receber da usina, que pertence ao grupo José Pessoa.

"Eu e meu pai arrendamos 900 hectares para a usina. Eu estou há 14 meses sem receber e meu pai há 18 meses", diz. Em média, cada um deveria receber R$ 9 mil por mês.

Menegoni arrendou 50% de sua propriedade rural. Sua situação não é diferente de outros arrendatários. A usina tem uma área de 8 mil hectares para o plantio da cana-de-açúcar e arrenda outros 10 mil. "Dos que conheço todos estão sem receber de seis meses para cima", conta o pecuarista.

Ele afirma que as seguidas mudanças na razão social da usina dificultam as negociações. "Eles vão trocando o CNPJ. Primeiro era Santa Olinda, depois Agrissul agora CBAA", conta.

Desde que o Campo Grande News divulgou a notícia de que a Prefeitura de Sidrolândia denunciou a usina à polícia por apropriação indébita do ISS, foi procurado por vários credores do grupo.

Problemática

Nos siga no Google Notícias