Economia

Sem Dilma, Fibria lança obra para mais que dobrar produção de celulose

Mariana Rodrigues e Renata Volpe Haddad, enviada especial a Três Lagoas | 30/10/2015 14:58
Com a extensão do projeto, sua produção anual saltará de 1,3 milhões tonelada para mais de 3,05 milhões de toneladas. (Foto: Gerson Walber)
Com a extensão do projeto, sua produção anual saltará de 1,3 milhões tonelada para mais de 3,05 milhões de toneladas. (Foto: Gerson Walber)

Sem a participação da presidente Dilma Rousseff (PT) que cancelou sua vinda para Mato Grosso do Sul após sua mãe passar mal, e iniciado com mais de uma hora de atraso, a Fibria lançou hoje (30), a pedra fundamental do Projeto Horizonte 2 em Três Lagoas, distante a 338 quilômetros de Campo Grande. Com a extensão do projeto, sua produção anual saltará de 1,3 milhões tonelada para mais de 3,05 milhões de toneladas.

De acordo com o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, para o projeto Horizonte 2 serão investidos R$ 7,7 bilhões e isso é um dos maiores investimentos privados do País. Sendo gerados 40 mil empregos diretos e indiretos, desse total 70% serão locais ou regionais e em torno de 60 empresas de Três Lagoas prestarão serviços para o empreendimento.

"Desses R$ 7,7 bi, a previsão é de que 40% dos investimentos seja de caixa próprio, esse valor pode ser maior ou menor, vai depender do decorrer das obras. O restante será do BNDES, Sudeco e outros financiamentos de mercado, pois parte dos equipamentos tem que vir de fora, pois 76% dos investimentos vem da base nacional que vai investir em Reais, pois o Brasil não produz esses equipamentos" , explica.

O presidente da Fibria Marcelo Castelli, disse que para o projeto Horizonte 2 serão investidos R$ 7,7 bilhões. (Foto: Gerson Walber)

Do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), a previsão de financiamento é de R$ 1,7 bilhões. Questionado sobre a atual crise financeira que o país enfrenta, ele acrescenta que o Projeto Horizonte 2 vai continuar com a saúde financeira boa. "Antes de anunciarem o projeto nós pensamos muito e vimos que havia possibilidade de lançar a obra mesmo diante da crise".

Sobre a logística ele diz que se preocupa com com a questão do escoamento e esse será um desafio para Mato Grosso do Sul. "Os governadores não podem fazer muita coisa é necessário um ambiente de negócio mais claro e um retorno de longo prazo. Se precisar a Fibria vai fazer parcerias com outras outras unidades privadas".

A prefeita Marcia Moura (PMDB), disse que com a chegada da Fibria a região ficou mais rentável e lucrativa. "Com a Fibria no município e com o Projeto Horizonte 2 o comércio ficará aquecido, o mercado imobiliário cresce e os produtores começam a buscar propriedades rurais na região para fazer parcerias com a Fibria".

A ministra Kátia Abreu substituiu a presidente Dilma Rousseff. (Foto: Gerson Walber)
Máquinas começam a trabalhar na ampliação de fábrica (Foto: Gerson Walber)

Substituindo a presidente Dilma Rousseff, a ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu lamentou que a presidente não pudesse ir e se desculpou por ela não poder comparecer em um momento tão importante. Durante o discurso, ela falou que no ano de 2009 começou a história da Fibria, e assim chegou o progresso em Três Lagoas. "O lançamento da pedra fundamental só tem a acrescentar para a região e para o Estado porque o comércio e serviços crescem assim como a arrecadação municipal com isso o empresário investe. O Brasil tem potencial e nossos empresários não se deixam levar pelo que muitos falam para se investir no Brasil".

A senadora Simone Tebet (PMDB), lembrou do lançamento do Horizonte 1 e comentou que o município não tinha expectativa de investimento e o que a Fibria fez ajudou no crescimento de Três Lagoas. "Em 10 anos passamos de 85 mil habitantes para 118 mil, isso é um incremento de 35% da população. O PIB foi de 70%, graças a Fibria outras empresas vieram para Tês Lagoas e se projetaram o que resultou hoje na melhor média salarial do país que é mais de 3,5 salários mínimos", acrescentou.

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que o Estado precisa ser mais competitivo mesmo em meio a crise, pois esta não será nem a primeira e nem a última. "Precisamos trocar impostos por empregos e precisamos viver em um ambiente descontraído como está sendo o lançamento da pedra fundamental, o Brasil é um país maior que a crise", disse.

Estiveram presentes no evento os deputados federais Dagoberto Nogueira, Elizeu Dionízio, Tereza Cristina, Zeca do PT e Vander Loubet (PT). O senador Waldemir Moka e o desembargador João Maria Lós, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Serão gerados 40 mil empregos diretos e indiretos, sendo que desses 70% serão locais ou regionais. (Foto: Gerson Walber)
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