Economia

Repatriação ajuda, mas não resolve todos os problemas, diz secretário de Fazenda

Paulo Nonato de Souza e Elci Holsback | 23/11/2016 17:23
Secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro, na entrevista coletiva desta quarta-feira (Foto: Elci Holsback)
Secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro, na entrevista coletiva desta quarta-feira (Foto: Elci Holsback)

O secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro, disse nesta quarta-feira, durante entrevista coletiva, que os recursos a serem repassados pelo Governo Federal referentes ao programa de regularização de bens e ativos no exterior, como parte das medidas propostas na tentativa de equilibrar as contas públicas no País, são necessárias, mas não o bastante para resolver os problemas financeiros dos estados.

“É evidente que os valores referentes a repatriação ajudam momentaneamente os estados, mas os estados assim como a União tem que ter medidas de austeridade para que busquem o equilíbrio fiscal que hoje o Brasil não tem, desde a questão da Previdência, sem dúvida um dos grandes problemas das gestões públicas no País, e Mato Grosso do Sul não é diferente disso”, declarou.

Esta semana, o Governo Michel Temer (PMDB) reconheceu que os estados têm direito a parte dos recursos arrecadados por meio do Imposto de Renda com a cobrança de multas pagas por quem aderiu ao programa de regularização de bens e ativos no exterior, conhecido como repatriação. A vice-governadora Rose Modesto (PSDB), que ontem (22), representou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) na negociação, anunciou que o acordo com a União vai render, ainda neste ano, de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões para os cofres de Mato Grosso do Sul.

“Mas independente dos valores referentes aos recursos da repatriação, todos os estados terão que ser austeros nas suas contas. Temos a questão dos aumentos de custeio, que vão desde pessoal até o aumento de energia, combustível, enfim, são coisas que não acompanham a evolução da receita. E como tem dito o governador Reinaldo, a receita é não gastar mais do que recebe. E cabe aos gestores públicos, incluindo nós, os secretários, a missão de fazer essa adequação”, ressaltou Márcio Monteiro.

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