Economia

Para Fiems, tarifa menor de energia aumentará competitividade da indústria

Helton Verão | 10/09/2012 18:23

Para residências queda foi de 16,2% e 28% para indústria

Competitividade na indústria deve aumentar, prevê Fiems (Foto: Divulgação)
Competitividade na indústria deve aumentar, prevê Fiems (Foto: Divulgação)

A presidente da República Dilma Rousseff anunciou na última quinta-feira (6) a redução da tarifa de energia elétrica para o setor industrial, que deve chegar a 28%.

Para o diretor-corporativo da Fiems, Jaime Verruck , isso irá contribuir aumentar a competitividade das indústrias sul-mato-grossenses. “O setor carece de competitividade mundial e o Governo tem sido sensível com as demandas das indústrias”.

A elevação do dólar frente ao real também foi lembrada, a redução da taxa básica de juros e a desoneração da folha. “A energia elétrica é um componente importante no custo de produção da indústria e isso vai favorecer a competitividade do setor. A ideia é aumentar a exportação, bem como as vendas no mercado interno”, avaliou.

Jaime Verruck prevê que o Governo vai mexer sobre a tributação incidente sobre a tarifa, não alterando a remuneração das concessionárias de energia. “Nós acreditamos que vai chegar aos 28% de redução porque é esse índice que a indústria precisa para se tornar mais competitiva. A ideia é que essa redução tributária seja de longo prazo e permanente”, pontuou.

O Estado é o 4º no ranking dos Estados com as tarifas mais caras do País, essa redução fará com que algumas indústrias se tornem mais competitivas e invistam mais, dado que a participação da energia elétrica no custo de produção vai de 3% a até 30%.

Segundo Verruck todos os segmentos da indústria são penalizados pela alta carga tributária, mas as indústrias siderurgias, com certeza, sofrem mais, pois têm um consumo muito alto de energia elétrica e quase metade da tarifa brasileira é formada por encargos e tributos. Atualmente, sem a redução anunciada pela presidente, o custo médio da tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é de R$ 330 por megawatt/hora, o 4º valor mais alto do mundo, atrás apenas do cobrado na Itália, na Turquia e na República Tcheca.

O diretor-corporativo da Fiems prevê que, a partir de 2013, o PIB Industrial deve apresentar uma melhora significativa, pois todas essas medidas permitem esse crescimento. “Essa medida também vai reduzir a inflação. Além disso, a indústria estadual trabalha como uma expectativa de crescimento, principalmente, tanto nas exportações, como no consumo do mercado interno”, garantiu.

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