Economia

Queda na temperatura faz procura por mototaxistas dobrar nos bairros

Mariana Castelar | 18/05/2016 11:14
Além do frio, garoa também faz procura por atendimentos subir(Foto: Marcos Ermínio)
Além do frio, garoa também faz procura por atendimentos subir(Foto: Marcos Ermínio)

Em 40 minutos, o mototaxista Jonas dos Santos, fez três corridas nesta quarta-feira (18). Ele afirma que esse movimento e atípico e que cresce, em época de frio. Ao contrário do que se imagina, a baixa temperatura faz com que a procura por mototáxis localizados nos bairros de Campo Grande quase dobre.

O profissional explica que são várias as situações que fazem as pessoas preferirem utilizar o serviço durante o frio, uma delas é que alguns carros mais antigos e movidos a álcool, apresentam dificuldades para ligar e para não perder a hora, as pessoas optam pelo mototáxi. “É bem comum isso acontecer nesta época”.

O mototaxista Eduardo Santos explica que até o dia 15 o movimento é grande por conta do salário, mas depois as corridas diminuem. “Quando o mês tá parado, fico torcendo para esfriar porque as pessoas acabam acordando mais tarde e acabam ligando pra gente, precisando do nosso serviço”. Ele conta que nessa época, a aumento na demanda das corridas chega a 40%.

Na chuva, a procura também é alta, de acordo com o profissional. “O telefone não para de tocar no ponto, mas nem atendemos quando a chuva é forte porque o risco de acidente é alto”.

Já Eder da Silva conta que, nessa situações de frio ou chuva leve, faz com que mais pessoas procuram pelo serviço. “Quando a chuva é muito forte nem vou trabalhar, mas quando a garoa é fina compensa. Teve uma época que até oferecia uma capa de chuva aos meus passageiros e tive muita procura”.

Mas nem todos sentem esse crescimento. No ramo há mais de sete anos, Daniel de Oliveira conta que esse aumento não é sentido em pontos do centro da cidade. “Quem trabalha na Praça Ary Coelho ou em outros locais mais centrais, por exemplo, não sentem essa procura, ao contrário, o atendimento cai porque as pessoas saem menos de casa”.

No entanto, para ele, o que manda mesmo é o trabalho. “Tem que atender bem o cliente, chegar cedo no ponto e ficar esperto com os horários de maior procura e na rua, que muitas pessoas fazem sinal pedindo mototáxi”.

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