Economia

Promotoria investiga empresa por monopolizar venda de gás na Capital

Zana Zaidan | 13/03/2014 16:59
Após representações das concorrentes, White Martins é investigada pelo Ministério Público (Foto: Arquivo)
Após representações das concorrentes, White Martins é investigada pelo Ministério Público (Foto: Arquivo)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou inquérito civil contra a White Martins Gases Industriais para investigar suposta prática de cartel pela companhia no fornecimento de gás em Campo Grande. O promotor de Justiça do Consumidor, Antônio André David Medeiros, abriu o procedimento vai averiguar “eventual exercício (...) de preços predatórios, visando eliminar a concorrência".

Condenada por práticas anticompetitivas em outros Estados, a White Martins é alvo de sucessivas representações de empresas que atuam no setor local. Em entrevista ao Campo Grande News, o proprietário de uma das seis empresas que atuam no mercado aponta que a White Martins detém 70% do mercado.

“Todas estão sendo sufocadas. Há uma redução dos preços a níveis abaixo do valor de custo para quebrar a concorrência e dominar sozinha o mercado, o que provoca dificuldades financeiras e demissões”, disse Daniel Fonseca, da Gilson Rodrigues de Almeida-Oxigênio. Segundo ele, Abs, Girogás, AF e Oxisolda Oxigênio estão na mesma situação.

A Oxisolda, além do MPE, denunciou a prática ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O Campo Grande News entrou em contato com o órgão antitruste do governo federal para apurar se foi aberto processo administrativo sobre o suposto cartel, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Por meio de nota, a White Martins informou que não foi comunicada oficialmente sobre a abertura de inquérito e que "cumpre integralmente a legislação brasileira".

Maior multa da história – Em 2010, a White Martins foi apontada pelo Cade como líder do chamado “cartel do oxigênio” e foi multada em R$ 2,219 bilhões. O alto valor foi aplicado porque a companhia é reincidente na prática, e já havia sido condenada em 1997.

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