Economia

Prefeitura pede que empresas de fora priorizem pessoal especializado

Foco de segunda parte da gestão de Alcides Bernal é geração de emprego e renda, segundo titular da Sedesc

Caroline Maldonado | 05/10/2015 12:27
Prefeitura quer ampliar oportunidades de emprego para quem está saindo das universidades, segundo secretária de Desenvolvimento, Dharleng Campos (Foto: Caroline Maldonado)
Prefeitura quer ampliar oportunidades de emprego para quem está saindo das universidades, segundo secretária de Desenvolvimento, Dharleng Campos (Foto: Caroline Maldonado)

A segunda parte da gestão do Prefeito Alcides Bernal (PP) deve priorizar projetos que gerem emprego e renda para os campo-grandenses. Para garantir isso, a administração pede que as empresas interessadas em receber incentivos para se instalar na Capital, contratem pessoal da cidade, não apenas na área operacional, mas também no setor estratégico.

A ideia é ampliar as oportunidades para quem está saindo dos cursos de graduação ou especialização das universidades do município, segundo a titular da Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia e Agronegócio), Dharleng Campos de Oliveira.

As empresas de fora recebem incentivos por meio do Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande) e quase sempre contratam pessoal daqui para suas novas unidades, mas trazem gente de outros Estados para as equipes de gerência e direção.

“Quantos profissionais temos aqui que estão saindo da universidade e não têm um campo de mercado para trabalhar. Estamos conversando com os empresários que ao se instalarem em Campo Grande, que sejam realmente contemplados os funcionários da Capital”.

A estratégia faz parte do plano de governo do prefeito, que tem foco, sobretudo, no emprego e renda, segundo a secretária. Ela explica que para isso serão retomados projetos e até mesmo trabalho de superintendência que ficaram parados, durante a gestão do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP), agora preso e investigado por formação de quadrilha e corrupção, suspeito de participar de plano para cassação de Bernal, ocorrida em março de 2014. Antes de assumir a prefeitura, Olarte era vice-prefeito e sua gestão durou um ano e cinco meses.

Outras metas – Na área da agricultura, mais uma vez a secretária enfatiza que o objetivo é gerar renda. Em entrevista ao Campo Grande News, Dharleng disse que está sendo retomado o trabalho da Superintendência da Pesca e da Aquicultura, com objetivo de estimular a piscicultura no município e levar a carne à merenda das escolas da rede pública.

Titular da Sedesc, Dharleng disse que geração de emprego e renda é prioridade em segunda fase da gestão do prefeito Alcides Bernal (Foto: Caroline Maldonado)

“Uma conquista da gestão prefeito Bernal foi a aprovação do SIM (Selo de Inspeção Municipal), mas isso ficou parado e agora queremos retomar incentivando a produção de peixe nos assentamentos”, comentou a secretária.

Para estimular o turismo na cidade, a secretaria conta que faz reuniões com instituições para que coloquem a Capital no roteiro de seus eventos. “Queremos trazer congressos, como exemplo da área médica, agricultura e pecuária para a cidade. Também vamos atrás de eventos como a Stock Car, que ocorreu no mês passado, pois além de gerar renda, isso traz alegria para os campo-grandenses”.

Sobre os projetos que estão parados, Dharleng disse que todos estão passando por uma revisão para que sejam retomados os que vão beneficiar a população. “Estamos acompanhando para verificar a viabilidade e se está tudo dentro do que se espera em relação a lei, alguns projetos dependem de solicitações de outras secretarias e estão passando por uma rápida revisão”, detalhou a secretária.

Um dos projetos parados na Capital é a Cidade do Ônibus, prevista para sair do papel a partir de 2016. O objetivo é concentrar em um só lugar todas as empresas de transporte rodoviário da cidade e retirar das áreas centrais cerca de 600 ônibus, que cruzam a cidade para ir até suas garagens.

Após aprovação da Câmara Municipal, a prefeitura divulgou os incentivos fiscais destinados à nove empresas, em julho deste ano, quando Natal Baglioni estava a frente da Sedesc. Na época, ele disse que as empresas deveriam elaborar o projeto de construção e encaminhar à Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), junto com o pedido de licença ambiental para que a obra fosse liberada. Segundo Dharleng, este é um dos projetos que estão sendo avaliados para que sejam retomados, caso seja viável. 

Nos siga no