Economia

Prefeitura corta despesas com folha em R$ 57 milhões no primeiro semestre

Município acumulou nos seis primeiros meses superavit de R$ 277 milhões

Osvaldo Júnior | 31/07/2017 15:02
Prefeitura de Campo Grande; contas fecharam superavitárias (Foto: Arquivo)
Prefeitura de Campo Grande; contas fecharam superavitárias (Foto: Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande cortou em R$ 57,64 milhões os gastos com a folha de pagamento durante o primeiro semestre deste ano e encerrou o período com superavit de R$ 277,26 milhões. Apesar dos números significativos em cenário de economia adversa, as despesas totais do município cresceram 3,83% e as receitas recuaram, ligeiramente, em 0,5%.

Os valores constam no relatório de execução orçamentária publicado na edição desta segunda-feira (dia 31) no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). De acordo com o balanço, de janeiro a junho, o montante que entrou no caixa da prefeitura somou R$ 1,540 bilhão e as despesas totalizaram R$ 1,26 bilhão. Embora superavitário, o resultado deste ano é 16% inferior ao do mesmo período do ano passado.

Nos seis primeiros meses de 2016, o município acumulou receita de R$ 1,548 bilhão e despesa de R$ 1,216 bilhão. O saldo resultante foi de R$ 331,77 milhões. Ou seja, a situação fiscal estava mais confortável que a do mesmo período deste ano.

A leve queda de receita foi provocada, sobretudo, pela redução das principais transferências dos governos federal e estadual. Das cotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), a redução totalizou R$ 3,65 milhões.

Do repasse do governo estadual relativo ao ICMS, a Capital contou com R$ 152,263 milhões no acumulado de janeiro a junho deste ano, diminuição de 1,87% na comparação com igual período de 2016 (R$ 155,18 milhões). Quanto ao FPM, a queda foi de 1,25% – foram R$ 58,818 milhões no primeiro semestre do ano passado e R$ 58,082 milhões no mesmo intervalo de 2017.

Folha – As despesas da Prefeitura de Campo Grande cresceriam ainda mais se não fosse a redução em seu principal gasto: a folha de pagamento. De janeiro a junho deste ano, o desembolso com pessoal e encargos sociais somou R$ 739,418 milhões. São 7,23% ou R$ 57,641 milhões a menos que o montante dos mesmos meses de 2016, de R$ 797,06 milhões.

Em maio deste ano, o município anunciou corte de um terço das gratificações, com expectativa de economia média mensal de R$ 5 milhões. A redução efetiva ficou acima da projetada.

Previdência – De janeiro a junho de 2017, o resultado entre receitas (R$ 104,405 milhões) e despesas previdenciárias (R$ 148,493 milhões) foi deficitário em R$ 44,087 milhões. No ano passado, em igual intervalo, houve superavit de R$ 14,61 milhões, com receitas de R$ 154,914 milhões e despesas de R$ 140,304 milhões.

Mesmo com o resultado negativo, a prefeitura reduziu o rombo na Previdência. Conforme o balanço divulgado hoje, a dívida fiscal líquida previdenciária está acumulada em R$ 69,807 milhões, abaixo do débito, no fechamento do ano passado, de R$ 73,948 milhões.

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