Economia

Preço do litro de leite pago ao produtor tem alta de 9,7% em fevereiro

Elevação foi de quase 10% comparada ao mesmo período no ano passado; falta de investimentos fez produção cair em janeiro

Carlos Martins | 26/03/2013 13:30

Dados divulgados pelo informativo Casa Rural Pecuária apontam uma alta de 9,7% no preço do litro de leite pago em fevereiro ao produtor comparado ao mesmo período do ano passado. O valor apurado pelo Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite em Mato Grosso do Sul (Conseleite) foi de R$ 0,6949 contra R$ 0,633 recebido pelo produtor em fevereiro de 2012. Conforme o informativo, elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária do MS (Sistema Famasul), a principal explicação para a valorização foi a queda da produção de leite no mês de janeiro.

“Um dos motivos para a queda na produção de leite é que o criador local não conseguiu realizar investimentos no setor após o reajuste do salário mínimo, que impactou diretamente nas despesas com mão de obra”, avalia a assessora técnica do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas.

O preço de fevereiro ficou próximo do valor verificado em janeiro deste ano, de R$ 0,7004 o litro, com queda de apenas 0,78%. Para março, a previsão é de que a cotação média do leite atinja R$ 0,6984.

O informativo também traz dados da pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas da Universidade Anhaguera-Uniderp e considera a variação média dos preços de sete produtos vendidos no mercado varejista, que são: queijo muçarela, leite longa vida desnatado e integral, leite tipo C, requeijão cremoso de 200, 220 e 250 gramas

Dois dos sete produtos pesquisados apresentaram alta em fevereiro em comparação ao mês anterior. O valor do requeijão cremoso, com 200 gramas, aumentou 15,33%, enquanto que o mesmo produto com 250 gramas teve elevação de 5,71%.

O Informativo Casa Rural Pecuária é elaborado pela Unidade Técnica do Sistema Famasul. O objetivo da publicação é fornecer ao produtor rural informações precisas e atualizadas sobre o andamento do setor em Mato Grosso do Sul. O estudo está disponível para consulta e download através do endereço eletrônico: http://migre.me/dQLra

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