Economia

Petrobras reajusta gasolina nesta 5ª, mas preço em MS segue incerto

Estatal anuncia alta de 0,74% no valor dos combustíveis nas refinarias a partir desta quinta-feira (31), mas postos operam neste momento com estoques após reabastecimentos

Humberto Marques | 30/05/2018 17:01
Chegada de novos carregamentos às distribuidoras tende a adiar impacto da nova alta no preço da gasolina. (Foto: Mirian Machado)
Chegada de novos carregamentos às distribuidoras tende a adiar impacto da nova alta no preço da gasolina. (Foto: Mirian Machado)

Com a perspectiva de normalização dos estoques de combustíveis no Estado até sexta-feira (1º), as dúvidas no setor recaem sobre os preços a serem praticados a partir da chegada de novos carregamentos das centrais de distribuição. A Petrobras já anunciou um reajuste de 0,74% da gasolina nas refinarias a partir desta quinta-feira (31).

Até esta quarta (30), o acordo entre Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados e Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul) e órgãos de defesa do consumidor, limitando o preço máximo da gasolina a R$ 4,39 (e do etanol a R$ 3,29) segue em vigor.

A assessoria da entidade informou que o efeito da alta pode demorar mais alguns dias para ser sentido. Isso porque na terça (29) chegaram dez caminhões com carregamentos nas distribuidoras do Estado –ainda com o preço antigo– e, como a maioria dos postos recompuseram seus estoques ou estão prestes a receberem carregamentos (caso principalmente do interior), a alta não deve atingir o Estado neste momento.

Contudo, é certo que o aumento chegará. Para tanto, deve ser necessário observar os preços dos futuros carregamentos a serem destinados ao Estado. O Sinpetro-MS acusou um recuo no preço nas distribuidoras, usado para alicerçar o acordo com o Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor do Estado) envolvendo os tetos para venda na cidade.

A política de preço da Petrobras para os combustíveis, que estabeleceu ajustes frequentes nos preços dos combustíveis desde julho de 2017, foi um dos fatores que levaram os caminhoneiros a iniciarem a paralisação que fechou estradas e entradas de distribuidoras –e que caminha para o fim diante de acenos dos governos federal e estadual para redução do preço do diesel e intervenção de autoridades de segurança a partir de decretos prevendo a garantia de lei e ordem e situação de emergência.

No caso da gasolina, a Petrobras passa a aplicar nas refinarias o valor de R$ 1,9671 por litro. Em maio, o preço já registrou alta de 9,42% –em abril, custava R$ 1,7977.

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