Economia

Novamente, JBS admite que não fez investimentos em frigorífico de MS

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Osvaldo Júnior e Leonardo Rocha | 12/09/2017 18:40

Sem novidade: às vésperas de inspeção em frigorífico, a JBS admite não ter feito o investimento firmado no TARE (Termo de Ajustamento de Regime Especial). A mesma estratégia tem sido usada semana após semana pela empresa, que pode ser acionada para ressarcir o Estado em valor que chegaria a R$ 1 bilhão. 

Desta vez, a “confissão de culpa” se refere às unidades de Naviraí e de Nova Andradina, que seriam visitadas pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (13). A JBS teria de investir R$ 15 milhões em Naviraí e R$ 30 milhões em Nova Andradina.

No dia 20, quarta-feira da próxima semana, está marcada a última visita (efetivamente não ocorreu nenhuma) em frigorífico da JBS. A inspeção seria em Coxim, onde a empresa teria de investir R$ 15 milhões. No entanto, se não houver mudanças na prática da JBS, terá nova confissão de culpa.

Até o momento, a empresa admitiu que não realizou investidos previstos em TAREs em sete frigoríficos, totalizando R$ 270 milhões.

Confissões – No dia 15 do mês passado, a JBS confessou o não investimento na unidade de Ponta Porã, onde haveria, no dia seguinte, inspeção da CPI. Seriam verificadas na unidade 266 notas fiscais no valor de R$ 15,2 milhões.

Destas, 221 notas eram de remessas de máquinas de unidades da JBS em outros estados para seus frigoríficos em MS, o que representa 83% das notas, no valor de R$ 14,9 milhões.

Na semana seguinte, seriam vistoriadas as duas unidades de Campo Grande. Novamente, a JBS afirmou, um dia antes (22), que não realizou investimentos, que somariam de R$ 120 milhões.

Já no dia 29, o episódio voltou a ser repetir, mas na unidade de Cassilândia onde a JBS assumiu que também não investiu os R$ 30 milhões previstos pelo termo de ajustamento.

Na semana passada, a JBS admitiu não ter investido R$ 60 milhões na unidade de Anastácio.

As confissões de descumprimento dos acordos serão juntadas como provas pela CPI contra a empresa. 

 

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