Economia

No quintal de casa, negócio gera renda extra para as famílias de até R$ 800

Renata Volpe Haddad | 02/11/2015 08:29
Na avenida Lúdio Martins Coelho, família resolveu abrir o quintal de casa para ganhar dinheiro extra. (Foto: Gerson Walber)
Na avenida Lúdio Martins Coelho, família resolveu abrir o quintal de casa para ganhar dinheiro extra. (Foto: Gerson Walber)

A inflação tem subido e a cada dia diminui o poder de compra dos consumidores, que nem sempre conseguem arcar com todas as contas apenas com o salário mensal. Para complementar a renda salarial, moradores de Campo Grande estão abrindo o quintal de casa em horários alternativos, para vender doces, salgados e diversos produtos. Com isso, a renda extra pode chegar até R$ 800.

Esse é o caso do representante comercial Luiz Vanderlei Messias, 55 e sua esposa, Andreia Alves da Silva, 31. Há mais de 50 dias, eles resolveram abrir o quintal de casa e servir pastéis, salgados, água de coco entre outras coisas, na avenida Lúdio Martins Coelho. "Como o movimento aqui é grande, resolvi vender também artesanatos, espetos, churrasqueiras, que são consignados e vem dando certo", conta.

O casal levanta ainda de madruga da para preparar os salgados. Enquanto Andreia fica na produção da cozinha, Luiz arruma os dois filhos para levar à escola. "Eu vou trabalhar e minha esposa que cuida do negócio. Estamos vendendo cerca de 50 salgados por dia, fora água de coco que tem uma grande procura, e as outras coisas. Consigo tirar líquido, R$ 800", afirma.

Carolina que sempre gostou de reunir os amigos, abriu a Butekada no quintal de casa. (Foto: Gerson Walber)

Butekada – Unir o útil ao agradável é o que aconteceu com a advogada e professora Carolina Pithan. Em agosto deste ano, ela resolveu abrir o quintal de casa para os amigos e servir jantar e petiscos. "Eu sempre gostei de receber as pessoas em casa e não fiz nenhum investimento, pois ganhei muitas coisas dos amigos que abraçaram a ideia", conta.

E deu tão certo, que no começo deste mês, a Butekada começou a ser aberta ao público campo-grandense. "O lucro eu ainda não vi, pois estou investindo aqui, como exemplo, as cadeiras que antes eram alugadas, eu já consegui comprar todas e contratei uma ajudante de cozinha", explica.

Carolina conta que a Butekada não dá prejuízos e que em breve, vai colher os lucros. "Os meus amigos me ajudam no atendimento, eu que cozinho porque gosto mesmo, e antes, tinha música ao vivo uma vez por mês, agora vão ser mais vezes, as coisas estão melhorando", alega.

A Butekada abre todas as quintas-feiras, na rua Vasconcelos Fernandes, 482, no bairro Amambaí. 

O lanche Da Tiazinha começou há 11 anos na garagem de casa. (Foto: Divulgação)

Cachorro quente - Na garagem de casa que fica na rua Marquês de Leão, no bairro Novos Estados, a mãe de Sueli Fátima Ribeiro, 52, teve a ideia de vender cachorro quente. Sueli conta que apenas a aposentadoria da mãe, não supria as necessidades. "Então ela resolveu vender cachorro quente e começou fazendo cinco pães e disponibilizava apenas uma mesa, ela mesmo preparava os sanduíches e atendia as pessoas. Assim surgiu o Da Tiazinha", afirma.

E precisando de um dinheiro extra, a mãe de Sueli a convidou para participar do negócio. "Como eu precisava muito de uma renda, abracei a causa e tudo eu devo a ela. Hoje temos 20 mesas, já compramos três freezers para poder atender a demanda e temos três ajudantes", comenta.

Sueli explica que quem monta os lanches é ela e o marido ajuda no atendimento. "Ele trabalha o dia todo, chega em casa e vai me ajudar. Eu gosto de cozinhar e gosto de servir um produto bom para as pessoas", alega.

Há 11 anos na garagem de casa, a dona do negócio afirma que o sonho dela é apenas manter a renda extra que ganha hoje. "Quero manter com está e não quero mudar nada, pois somos reconhecidos e isso vale muito o nosso esforço", conclui.

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