Economia

MS puxa crescimento da safra de milho, analisa o IBGE

Bruno Chaves | 08/05/2014 10:53
O Estado teve acréscimo de 952,5 mil toneladas na produção do grão (Foto: João Garrigó/Arquivo Campo Grande News)
O Estado teve acréscimo de 952,5 mil toneladas na produção do grão (Foto: João Garrigó/Arquivo Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul lidera a lista dos estados que mais influenciaram o aumento da estimativa de produção de milho 2ª safra no País em abril. O Estado teve acréscimo de 952,5 mil toneladas na produção, conforme identificou a “Estatística da Produção Agrícola” do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quinta-feira (8).

Conforme o instituto, o milho 2ª safra, plantada entre o o Outono e o Inverno, vem a cada ano ganhando mais espaço no País por causa da tendência dos produtores priorizarem o plantio da soja, no verão, nas áreas agrícolas disponíveis.

No Brasil, a estimativa da produção do milho 2ª safra para este mês ficou em 43,5 milhões de toneladas. A quantidade é 3,2% maior do que a do mês anterior. O reflexo de reavaliações no rendimento médio teve um ganho de 3,1%, passando de 4.884 kg/ha para 5.033 kg/ha.

Estimulados pelas recentes altas no preço do milho, os produtores vem intensificando os tratos culturais que influenciam no rendimento das lavouras. O retorno das chuvas, ainda que timidamente, também renovam as expectativas de uma safra maior.

Além de Mato Grosso do Sul, o estado de Minas Gerais (+158.834 t) e o Distrito Federal (+180.000 t) também figuram na lista das unidades da federação que contribuem para o aumento da produção. Por aqui, de acordo com a Supervisão de Agropecuária do IBGE, o clima favorável na maioria dos municípios produtores aliado ao emprego de tecnologia nas lavouras motivou as reavaliações de rendimento.

Apesar de o Estado ter registrado um pequeno atraso no plantio do milho 2ª safra em relação à safra passada, as estimativas são positivas. Dourados figura como a principal cidade produtora de milho safrinha com uma área estimada em 886.700 hectares.

A produção estimada em abril no Estado é de 7,2 milhões de toneladas do produto colhido em 1.470.000 hectares. A quantidade é 15,1% maior do que a produzida no mês passado, 6,2 milhões de toneladas, ou seja, 952,5 mil toneladas a mais.

Outra estimativa - Conforme a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que também mediu e divulgou a produção de grãos no Brasil, o milho total, 1ª e 2ª safras, sofreu redução de 7,7%, o que representa 6,3 milhões de toneladas, devendo ser colhidas 75,2 milhões de toneladas.

No ano passado, a produção foi de 81,5 milhões de toneladas. A primeira safra reduziu 9%, totalizando 31,5 milhões de toneladas, e a segunda, 6,8%, alcançando 43,8 milhões de toneladas.

Produção em MS vai a 13,9 milhões de toneladas – A Estatística da Produção Agrícola do IBGE ainda aponta que produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas em Mato Grosso do Sul totalizou 13,9 milhões de toneladas em abril deste ano.

A quantidade é 9% maior do que a produzida em março, 12,8 milhões. Se comparada a abril do ano passado, a produção no Estado cresceu 2,6%.

Conforme o instituto, a quarta estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 191,0 milhões de toneladas em todo o País, quantidade 1,5% maior do que a obtida em 2013, que foi de 188,2 milhões de toneladas.

Das grandes regiões, o Centro-Oeste é o responsável pelo maior volume de produção, com 78,8 milhões de toneladas. Com uma participação de 23,7%, Mato Grosso lidera como maior produtor da região. Goiás aparece em segundo lugar com 9,6% da produção do Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul figura em terceiro, com apenas 7,3%.

Ainda entre as regiões, a Sul, com 72,1 milhões de toneladas, se torna a segunda maior produtora do Brasil; a Sudeste terceira, com 17,1 milhões de toneladas; Nordeste, 18,1 milhões de toneladas; e Norte, 5,0 milhões de toneladas.

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