Economia

Movimento Brasil Central quer ações efetivas para desenvolver 5 estados

Priscilla Peres e Leonardo Rocha | 08/07/2015 12:50
Ministro e governador falaram sobre ações durante evento. (Foto: Marcos Ermínio)
Ministro e governador falaram sobre ações durante evento. (Foto: Marcos Ermínio)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o ministro de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, falaram hoje sobre as ações do Movimento Brasil Central. Para o desenvolvimento, eles querem a profissionalização de mão de obra, industrialização dos estados e recuperação de pastagens degradadas.

O movimento é formado pelos estados do Centro-Oeste e o Tocantins, e foi criado no início deste mês. O objetivo é que daqui pra frente, os estados pensam juntos ações de desenvolvimento, de acordo com cada necessidade. Eles também querem a criação de uma agencia de desenvolvimento do Brasil Central.

Apesar do ministro Mangabeira ver a ação como "revolucionária", há anos Mato Grosso do Sul tem modificado sua matriz econômica. Claro, que unir cinco estados em ações conjuntas é atuação nova e pode trazer uma série de benefícios aos envolvidos, como mudanças nas formas de financiamentos.

Para o ministro existem dois caminhos de desenvolvimento. O mais fácil, que segundo ele já é feito, e é quando se emprega pouca gente no agronegócio e nem todos os produtores recebem a assistência devida. Já o segundo, "mais difícil e ideal", consistem na diversificação da produção, recuperação de pastagens, diversificação das lavouras, e melhorar as condições dos pequenos produtores, além de aprofundar a industrialização e investir em educação.

Ele defende uma revolução no ensino, para que o foco esteja na profissionalização de mão de obra. "Toda revolução no ensino trás resistência, mas os estados jé podem começar a fazer mudanças experimentais e até seguir na frente do país". Ele também defende ações mais efetivas da bancada federal desses estados.

Reinaldo defendeu foco na produção rural. (Foto: Marcos Ermínio)

MS - Por sua vez, Reinaldo afirma ver no produção de alimentos uma alternativa para os estados. "Em alguns anos, o mundo vai precisar do dobro de suprimentos do que é produzido hoje e a região Central é a que mais tem espaço para produzir. Nós governadores, precisamos usar essa oportunidade de mercado".

Ele acredita que investir em pequenos, médios e grandes produtores é uma oportunidade de crescimento para os próximos anos. "Muitos assentados conseguiram terra, mas não tem condições financeiras de produzir", afirma o governador. Porém, ele defende que esse projeto seja colocado em prática para ações a longo prazo, "até 50 anos de planejamento".

Reinaldo ainda falou de estudos que precisam ser feitos em relação a logística e que a união dos cinco estados, pode ser benéfica até mesmo para o governo Federal. Por fim, em um discurso totalmente alinhado a União, Mangabeira disse que há anos houve ações de consumo e resgate da população de classe média, mas "agora precisa-se mudar a estratégia. Precisamos nos reinventar. Ações de vanguarda pode começar aqui por essa região", disse.

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