Economia

Ministério prevê queda no preço do litro do álcool a partir de maio

Fabiano Arruda | 07/04/2011 09:18

Valor médio do combustível em Campo Grande é de R$ 2,39

Usinas estão moendo a safra atual de cana, o que deve motivar a queda do preço. (Foto: João Garrigó)
Usinas estão moendo a safra atual de cana, o que deve motivar a queda do preço. (Foto: João Garrigó)

O valor do litro do álcool deve cair a partir do próximo mês. Em Campo Grande, o preço médio praticado pelos postos de combustíveis é de R$ 2,39.

Segundo o subsecretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, as usinas já estão moendo a safra atual de cana de açúcar o que deve fazer com que o preço caia bem mais para o consumidor.

No entanto, nos próximos anos, o governo pode enfrentar novamente, no período de final de março e no mês de abril, esse problema de desabastecimento, em função do fim de uma safra e início da seguinte.

Na avaliação de técnicos do governo, o preço do álcool deve voltar, em maio, ao mesmo patamar do ano passado, devido a grande quantidade do produto que deve entrar no mercado.

Bittencourt disse que o governo tem discutido uma série de iniciativas para tentar resolver os problemas no setor sucroalcooleiro. Alguns reestruturais e outros conjunturais.

A discussão sobre a possibilidade de tornar o álcool um combustível regulado pela Agência Nacional do Petróleo voltou a ganhar força. Outra medida que está em estudos dentro do governo para a próxima safra é a abertura de uma linha de financiamento temporária, do BNDES ou do Banco do Brasil, para renovação do canavial.

O debate sobre a alíquota do ICMS com os estados principais produtores do País, como Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso, também deverá estar em pauta. Segundo o subsecretário, houve muitas fusões e consolidações no setor, nos últimos anos, mas poucas novas usinas entraram em funcionamento por causa dessa barreira tributária.

Outra linha de frente do governo é a discussão com as montadoras para tornar o etanol mais eficiente como combustível. Bittencourt defende que é preciso melhorar a relação econômica do álcool com a gasolina. Ou seja, o álcool só compensa economicamente na bomba se o preço for de até 70% do valor da gasolina. (Com informações da Agência Estado)

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